AS PALAVRAS
As palavras não correm como os cães que perseguem o automóvel,
Nem estacionam como as buganvílias e os mimos de Vênus
Que enfeitam a cerca de arame farpado.
Elas falam e silenciam.
E aguardam respostas
No silêncio crepuscular dos dias próximos e passados.
Elas esquecem de si mesmas, desaparecendo nos ares.
Ou ficam a dormir e a sonhar eternamente?
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