O ESPETO E A BRASA
A história do Brasil, em se tratando do comportamento de seu povo, é negligente, dispersiva, inglória desde o Descobrimento, passando por mal dos erros e pecados em todos seus períodos até irromper na chamada idade moderna, também repleta de manchas e ferimentos.
Os analistas mais lúcidos lamentam as longas durações das ditaduras de Vargas e dos Militares. Mas o que veio no intervalo de uma e depois da outra não é mais auspicioso nem brilhante. Estamos sempre indo e vindo de Herodes a Pilatos, como se diz.
Os mandatários atuais execram em nome da esquerda socialista a direita capitalista, sem definir qual das duas fórmulas governamentais é a menos pior. Os esquerdistas em nome do tacão comunista venceram e despojaram os direitistas detentores do capitalismo, outra sigla também repleta de origens e de finalidades execráveis.
A DEMOCRACIA (governo historicamente justo e ilibado) tem ficado, sempre, à margem das estripulias politiqueiras dos aproveitadores de plantão.
Sabemos que, de um modo geral, a democracia tem seus deslizes e defeitos, tem que ser aprimorada e purificada constantemente, como é a vida de deus e de todo mundo. Mas um país entregue aos malandros e trapaceiros, corruptos e criminosos, oh, isso é demais, faz mal às pernas, ao estômago e à cabeça do homem comum, que representa a maioria da população.
Os situacionistas (pessoas que atualmente ocupam os poderes executivos e legislativos) decidem por alta (ou baixa?) recreação que a carga maior de culpabilidade é do regime militar que vigorou nas décadas de 60 a 80.
O erro desse julgamento parte da miopia dos contestadores daquele regime, ou seja, dos terroristas da época, que hoje ocupam e solapam o governo. Eles alegam que salvaram o País da tirania da direita, sem reconhecerem que lutaram e venceram a pugna em nome da tirania da esquerda, ainda pior e tão desmoralizada por onde passara, deixando suas marcas sangrentas.
É uma história muito mal contada de um país que se livrou do espeto e caiu na brasa. Não foi (e nunca poderia ter sido) uma boa troca, a da aderência ideológica e possivelmente executiva aos países comunistas (Rússia, Cuba, Venezuela) em vez da afinidade com os países democráticos (Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha).
O que resultou – a tomada do poder governamental através de engodos e tramoias corruptas – é outra história mal contada (e piormente exercida) de um País que não se engrena no dever de proporcionar o bem estar e a sadia moralidade de todos os habitantes.
O que vemos agora na imprensa falada, visualizada e escrita é a impunidade calamitosa dos criminosos mais hediondos (os lesa-pátria e lesa-povo), virando o lado certo da verdade pelo lado avesso da mentira. Um país em que o exercício da vida humana chega a tal ponto (os criminosos tripudiando os inocentes) seria uma piada de mau gosto se não fosse o diabo a quatro de todos os malefícios.
O Brasil registra 50.000 homicídios por ano – e menos de 10 por cento chegam a ser julgados em tempo útil e necessário... “O direito penal oferece apenas duas opções a um advogado. Na primeira ele se obriga a só aceitar a defesa de um cliente se estiver honestamente convencido de sua inocência. Na segunda, torna-se co-autor do crime” – assim escreve J. R, Guzzo, na revista VEJA, criticando o advogado e ex-ministro do presidente Lula, que cobra 5 milhões de reais para defender o criminoso Carlinhos Cachoeira”.
A deturpação moral e cívica está infestando escandalosamente a própria Justiça, que estaria caminhando no mesmo atoleiro dos poderes legislativo e executivo...
Vade retro, satanás!
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