quarta-feira, outubro 10, 2007

CITAÇÕES DE “O ANATOMISTA” (*)

1) “O que aconteceria se as Filhas de Eva descobrissem que trazem no meio das pernas as chaves do céu de do inferno?” (páginas 13 e 152). 

2) O catálogo do bordel Fauno Rosso, de Veneza, nada dizia sobre “os olhos verdes como esmeraldas e nem sobre os mamilos duros como amêndoas, cujo diâmetro e textura evocavam a pétala de uma flor – se houvesse – que possuísse o diâmetro e a textura dos mamilos de Mona Sofia. Nada dizia sobre as suas mãos que, de tão pequenas, pareciam não abranger o diâmetro de um falo, nem sobre a boca mínima, cuja cavidade dir-se-ia impossível de acolher o volume de uma glande inflamada” (página 18). 

3) Massimo Troglio afirmava em seu livro Scuola de Puttane (Veneza, 1539) que “uma mulher pode conceber um filho de até sete homens, cujos sucos seminais se unem no útero e combinam-se entre si segundo a força seminal de cada um dos pais” (página 57). 

4) Apaixonar a alma de quem você ama é fazer com que o corpo dessa pessoa passe a arder como fogo de uma grande caldeira (subentendido na página 120). 

5) Na página 151 é citada a obra mencionada por Mateo Colombo, que fala da existência de um órgão feminino chamado Amor Veneris, “que exerce funções análogas à da alma nos homens...É uma protuberância que surge do útero, perto da abertura chamada boca da matriz, e que é a origem e o fim de todas as ações destinadas ao prazer sexual.” O autor estaria falando do clitóris? E afirmando que a alma da mulher é o próprio corpo? 

6) Na página 143 o mesmo Mateo Colombo afirma que “se observais o sêmen algum tempo depois de haver sido liberado, vereis que seu volume reduz ostensivamente, até sua décima parte. Isto porque os espíritos que o habitavam regressaram à alma”. Isto tem cabimento? Essa redução não acontece também com o cuspe? 

(*) Livro de Federico Andahazi, tradução de Paulina Wacht e Ari Roitman, Editora Relume Dumará, rio de Janeiro, 1997.