TICO-TICO NO FUBÁ
- Subir é mais fácil do que descer? Pode ser que sim, pode
ser que não. Exemplifico: uma criança nos primeiros anos de vida consegue,
engatinhando, subir a íngreme escada que vai até ao pavimento de cobertura do
apartamento onde reside. Sobe célere, sem problema. Mas descer pela mesma
escada ela não consegue, a não ser acidentando-se.
- As duas fases vivenciais dos comunistas brasileiros: nos
chamados “anos de chumbo da ditadura militar” eles roubavam bancos em nome do
povo. Hoje, no poder, eles roubam o povo em nomes deles mesmos, na
contraditória aflição de se tornarem capitalistas. O que estou dizendo foi
baseado em trecho de uma carta do leitor Marcos Máximo na edição de 20\10\2011
do jornal “Estado de São Paulo”.
- O atrito inevitável: as pessoas mais idosas não são
entendidas pelas mais novas e vice-versa. A diferença etária predomina nos
comportamentos de ambas as partes. Os velhos alegam que os novos sentem falta
de umas boas palmadas na infância. Os novos acham que os velhos estão
caducando, não aceitando o rol de novidades modernosas.
- O vínculo que mantemos com os nossos antepassados é algo
proveniente de nosso subconsciente e que modela o nosso caráter,
definitivamente. É o principal sintoma de nossa herança genética.
- Michael Shermer, psicólogo americano, em entrevista à
revista VEJA, edição de 22\08\2012: “As Igrejas se tornaram um fator de
corrupção. Motivo de guerras e perseguições. Por sorte, presenciamos o declínio
da crença no sobrenatural. Países do norte europeu, onde apenas um quarto da
população segue alguma religião, têm índices de criminalidade, suicídios e
doenças sexualmente transmissíveis inferiores aos de estados em que a maioria
dos habitantes é de crentes, como os Estados Unidos e o Brasil. Se a religião
se declara um bastião de bondade, por que historicamente tais estados
teocráticos são mais susceptíveis à criminalidade do que os seculares?”
- Nas mais vivas das horas mortas dos dias mais noturnos da
atualidade, costumo pensar que meu passado viaja comigo, de avião, para o
futuro mais duvidoso desta vida neste mundo. Vejo pela janela da aeronave as
nuvens escuras embaixo e o deserto enigmático em cima... Fico sem saber que fim
levará meu passado no futuro dessa viagem por enquanto ininterrupta... Pois,
como já dizia Millôr Fernandes: “Onde quer que a gente vá, há sempre um passado
pela frente”.
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