sábado, novembro 26, 2005

A INQUIETA DOÇURA DE JULLIETE BINOCHE

A estrela do lado de fora do céu declinava dos caminhos secundários da viagem reclinava no colo da moça aa partir dos carinhos inversos, em versos a chuva pianística borbulhava nas pedras que eram espumas antes de serem lágrimas as luzes respingam as almácégas do rosto demoram nos olhos demorados da âncora convivial no meio dos marmelos, andadeiras e agapantos. Os anelos contidos tocam flautas e glândulas modelam o corpo na plasticidade a voz de meio-soprano canta nos olhos a revoada dos harpejos a inspiração das baladas o cravo a cair na emboscada o violino a cair no vendaval uma das pernas na minha direção a outra na direção contrária. “A minha liberdade é a dos bichos”, ela solfeja em compasso ternário no palco de paredes trincadas das outras miragens.