NOVO JORNALISMO DIVINOPOLITANO
Sem uma linha de conduta calcada em princípios éticos saudáveis, a imprensa acaba caindo nos braços do oficialismo e assim perde o próprio sentido, tornando-se uma espécie de armazém de secos e molhados, que cobra do governo para elogiá-lo e cobra igualmente para não criticá-lo. Refém e algoz é o que cada uma das partes acaba sendo para a outra, desmoralizando-se reciprocamente, enquanto que o leitor, excluído, assiste o jogo espúrio, sem meios para acreditar ou não no louvor e na crítica. O resultado é a inutilidade e o desserviço tanto da publicação como da divulgação, e assim o papel do jornal na vida social cotidiana é o mesmo que de embrulhar mandiocas, ou seja, duplamente feiosos. Em Divinópolis foi mais ou menos sempre assim? E nas outras cidades, e nas capitais? Se se peneirarmos finamente..., mas ah, deixa a infelicidade da constatação pra lá, né? Ademais, há sempre uma luz no fim do túnel, não é verdade? Agora, por exemplo, graças aos Cursos de Comunicação das Faculdades locais, o nosso jornalismo está dando um belo salto de qualidade. Aquele ranço de picardia e de truismo que exalava seus odores desde os tempos dos truculentos boletins do X Gontijo, está felizmente sendo substituido pela convivência civilizada dos atuais editores. É sabidamente incontestável que o verdadeiro jornalismo (para ser o quarto poder, como às vezes se apresenta), tem que alinhar-se na luta política a favor da população e da natureza, sem jamais submetera-se à vassalagem do pragmatismo oportunista da classe dirigente dos capitalistas gananciosos e dos politiqueiros corruptos. A rigor, poucos jornais marcaram presença em nossa cidade, em seus 93 anos de existência. E mais de l00 deles circularam nesse tempo, quase deles com vida curta, o que evidencia a precariedade cultural e financeira do contexto, largamente inibidor de umdesempenho menos inglório. As pequenas tiragens encalham-se às vezes, malgrado o esforço que não consegue sobrepujar a dificuldade, uma vez que o leitor não é atraido e a publicidade é quase sempre minguada, pontificando nela a verba pública do referido oficialismo geralmente contabilizado no conluio da corrupção politiqueira, onipresente em quase todos os niveis estruturais de nossa pobre nacionalidade. A rigor só mesmo o A SEMANA, o DIÁRIO DO OESTE, o AGORA, o AQUI PRA NÓS (o único que remunerava seus colaboradores), o GAZETA DO OESTE e o nosso querido MAGAZINE conseguiram a proeza de mesmos através de dificuldades apresentarem por mais tempo uma relevante folha de serviços sociais. Na oportunidade não ps. deixar de citar os jornalistas que na minha opinião brilharam nesta imprensa quase sempre ao mesmo tempo agônica e renascente: Frei Odulfo, Ataliba Lago, Frei Bernardino, Carlos Altivo, João Augusto Dias, Inácio Vasconcelos, Maria Cândida, Juca Mariano, Jotha Lee, Marlene Moreira, Mercemiro de Oliveira, Lindolfo Fagundes, Pedro Pires Bessa, Fernando Teixeira, Cibele Leite, etc etc.Por outro lado e retornando ao título deste artigo, tenho o prazer de afirmar que, abrindo semanalmente os jornais da cidade, posso recompor minha fé no ofício, lendo e aprendendo com as apresentações auspiciosas dos novos formandos dos curso de Comunicação das Faculdades locais (que estão de parabéns pela felicidade dos resultados ). Falo especialmente dos textos de Ana Paula Azevedo, Aline Andrade, Alesandro Corrêa, Igsson César, Luana Noronha, Katiuscia Freitas, e da presença cênica de Mayra Belém na tela da TV Candidés ao lado de Agnel Marques, reforçando o feliz impulso do belo salto de qualidade de nossa imprensa nos dias que correm. O que é, na verdade, uma bela e feliz maturidade da juventude (por assim dizer). s
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