JOSÉ AFRÂNIO MOREIRA DUARTE
A passagem de José Afrânio Moreira Duarte neste nosso velho mundo sem porteiras, lembra o dito popular (e dele exorbita) que fala sobre a possível fama que possa eternizar o ser humano dela portador. No caso dele, que mais fez pelos outros escritores do que por si mesmo, o que mais fica é o que mais o define: a luz dele sobre os outros, que se reproduz e multiplica, interminavelmente. No seu livro “DE CONVERSA EM CONVERSA – Entrevistas (Editora do escritor, São Paulo, SP, 1976), ele, primeiramente, reconhece o valor de cada um dos 45 autores na época (1976) ainda não consagrados pela mídia. Em seguida examina os elementos constitutivos da obra de cada um – e depois dá a palavra, plenamente livre, à cada um deles, a fim de que se apresentem ao público com a bagagem literária, não só a já adquirida e mostrada, como a já claramente intuída e prometida, prenhe de toda a gama de inquietude e de deslumbramento. De minha parte, como um novo autor na época, não conheço ninguém mais na literatura brasileira que trabalhasse tão afavelmente um quinhão de estímulos tão objetivos, com resultados tão positivos. Que Deus seja louvado, pois.
1 Comments:
José Afrânio, generoso, amigo, grande incentivador dos iniciantes, sempre com uma palavra amiga e um estímulo para todos. Descanse em paz, pois sua obra nunca será esquecida, um abração!
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