quarta-feira, maio 21, 2008

APENAS UM CORAÇÃO SOLITÁRIO

Sobrevivente de infaustos percalços sei agora que a dívida que contraí à minha revelia (que tenho carregado, penosamente), acumula juros escorchantes, o que inviabiliza sua amortização. Assim, sem outro valor a dar por conta, afianço aos (im)possíveis credores que o que mais almejo no rol de minhas proposições é a liberdade política (a democracia, sem os encargos da corrupção) e a liberdade poética (o cristianismo, sem as arestas da misoginia). Só assim posso votar nas eleições circunstanciais a favor da Piedade e contra a Violência (os dois nomes originais e autênticos da Poesia e da Política, respectivamente).