NOTAS INSÓLITAS E CORRIQUEIRAS
1 – Faria um grande bem ao povo brasileiro o legislador que conseguisse a aprovação e a praticabilidade de uma lei considerando ilegal a profissão dos empresários que manobram o futebol profissional no País, rebaixando sua qualidade aos níveis abaixo dos aplausos dos torcedores apaixonados. Estes são unânimes em reconhecer o estado lastimável do futebol que se vê hoje nos estádios desolados. Lembro-me na distância dos anos 40 da merecida fama de Leônidas e Domingos da Guia - e depois, em crescente aperfeiçoamento nas décadas seguintes, das técnicas e artes de estrelas consagradas: Danilo, Ademir, Castilho e depois a floração de craques como o Rubens, o Djalma Santos, o Newton Santos, Gerson, Pelé, Tostão, Dirceu Lopes, Garrincha, Raul – e mesmo nos tempos mais recentes as incríveis habilidades do Ronaldo Fenômeno, o Renato Gaúcho, o Zico, o Alex (do Cruzeiro) o Rivaldo. E agora? Nota-se que a arte futebolística tem descambado para o jogo sem graça, beirando ás “peladas” amadoras. O melhor futebol brasileiro está morto e mal-enterrado – esta é a opinião quase unânime dos entendidos. E qual é a causa do descalabro? Está na cara (como se diz): quem está transformando o nosso futebol num comércio espúrio e nefasto é esse tipo de negociador sem alma chamado EMPRESÁRIO, que, de conluio com os diretores dos clubes profissionais faz o que os políticos desonestos estão fazendo com a vida pública e as fontes do erário: 40% mais ou menos para o Diretor, 40% para o Empresário e o restante para os “inocentes” jogadores vaiados incessantemente pelos torcedores malogrados. LEI PARA OS TRANSGRESSORES, senhores legisladores!!!!!!!!. 2 – Viver é tudo na Vida, tudo o mais é luz de candeia ao sol – dizia James Joyce, justificando o próprio desregramento comportamental. 3 – O mundo de 2011 está com a população de 7 bilhões de pessoas. Precisa de uma nova revolução agrícola, gerar mais energia e uma nova tecnologia verde. Quem se habilita? Tivemos em 1710 a invenção da máquina a vapor; em 1757 Pasteur descobre nas bactérias as causas de muitas doenças; em 1899 a invenção da aspirina; em 1927, o primeiro antibiótico, a penicilina; em 1954, o código hereditário é descoberto – a estrutura do DNA e a revolução genética; em 1994 é liberado o uso dos transgênicos (novo tipo de tomate, etc); 1996, a clonagem da Ovelha Dolly. 4 – O livro machuca o leitor quando, primeiro, machuca o autor (James Baldwin). 5- Se gosto muito de uma idéia é porque ela é realmente boa e incapaz de fazer qualquer mal à minha pessoa. Então devo deixá-la em paz. Assim raciocina o cientista Carl Sagan, que acrescenta (em minha livre-tradução): devo procurar alimentar, debater, esmiuçar, estudar a idéia que me importuna, que me desafia, que me faz algum mal. Alguma luminosidade, ou seja, algum ponto de vista novo pode estar a caminho de uma concepção valiosa. 6 – O medo de coisas invisíveis é a semente natural daquilo que todo mundo, em seu íntimo, chama de religião (Thomas Hobges, em 1651). 7 – Sem se arrogar como dono da verdade, Carl Sagan põe em dúvida a tese religiosa de que as Escrituras sejam de inspiração divina. Nenhuma delas, ele assegura, “parecem levar realmente em consideração a grandiosidade, a magnificência, a sutileza e a complexidade do UNIVERSO revelado pela Ciência”. 8 – A ilusão de ótica. Carl Sagan considera que as semelhanças entre os seres vegetais e animais podem não ser meras coincidências. “As plantas e os animais que sugerem um rosto podem ter mais chances de não serem devorados por criaturas com rostos”. O bicho-pau parece um graveto, corais lembram mãos, brotos de castanha apresentam rostos sorridentes, enormes olhos podem ser vistos nas asas de mariposas – e muitos insetos e animais são inidentificáveis no meio da vegetação silvestre, e assim evitam ataques de possíveis adversários. A cobra verde é invisível no meio da vegetação e tanto a relva como o cisco e a folhagem escondem bichos, pássaros, serpentes.
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