HOJE EM DIA
“Ainda dizem que o brasileiro é tarado”, queixa-se o paquerador contumaz, na Avenida, abismado diante do desfile das beldades produzidas nas artes e ofícios dos cosméticos e trejeitos. Empertiga-se, coça a cabeça e pensa-pensa, pensa e imagina-imagina e torna a pensar e imaginar o sétimo céu das venturosas encenações fictícias, das excitantes bolinações, dos denodados êxtases da vida que morre de repente e de repente ressuscita no meio das imagens lúbricas armazenadas na cachola. Solerte, embasbacado ele segue com o olhar, uma ou outra (aquela que vem toda faceira, esta que agora passa toda rebolativa, arrancando os suspiros da tesão masculina... A roupa tão proposital: a calça jeans cavada nas partes pudendas, a blusa sedosa mais mostrando que escondendo suas maçãs paradisíacas... Ah!.....................................................................! Ele agora coça a cabeça e pára de pensar, mas não pára de olhar (de olhar com os olhos e lamber com a testa, como se diz?). Haja deus para exorcizar tanta tentação.... É assim que elas ganham a eleição: cooptando a oposição?
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