NOVOS POEMAS DE LÁZARO BARRETO
l - Sonho e Realidade. Sonho ou realidade? Ela veio com toda a sua pessoa (uma braçada de flores humanas?). Seu corpo: lábios seios axilas umbigo virilhas coxas nádegas – e os paraísos adicionais. Ela veio com todas as magnitudes de sua pessoa (íntima e pública). Sua alma: o brilho excessivo do olhar encantador, o sorriso iluminado-iluminador. Todo o fulgor da saúde mental! Veio com os abraços e beijos. Veio sorrindo, oferecendo-se (implicitamente? Explicitamente?). E eu em mim mesmo fiquei um pouco fora mim.
2 - Momento Inesperado.
A lucidez vai mentalizando os tipos caligráficos
nas obscuridades momentâneas,
noite adentro,
avivando o crepitar de fogos e meiguices
das lembranças e previsões.
Assim
a artimanha das vocações
empilha os versos (multiplicados na reticência)
na boa intenção de erigir o poema
da instantaneidade repetitiva,
que vem de um frio distanciado,
para esquentar a interrupção do sono
na lucidez povoada de vocábulos realizadores
da fantasia momentânea.
3 - O Melhor da Vida?
O que há de bom e de melhor na sexualidade
é a reciprocidade:
eu amo, você ama, nós nos amamos
ao mesmo tempo em todo o tempo.
O que há de inovidável em todo o decorrer
é a sensualidade:
o primor das virtudes pessoais,
o realce de uma certa transcendência
na libido.
Na libido.
Assim vamos e voltamos da vida à morte,
da morte à vida...
Chorando de alegria
no aprumar de nossas faculdades mentais
e físicas.
É o amor do amor na arte de amar,
é o corpo da alma no corpo,
a chamada animosidade:
um fogo que é luz,
uma luz que é fogo.
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