terça-feira, outubro 25, 2011

FICÇÃO E POESIA

Somos muitos a contar a mesma estória, doida varrida dos desencontros nos encontros. Somos várias pessoas (paus que fazem canoas?) tecendo e costurando o corolário das ilações, para o que der e vier após o colapso de uma das estrelas moribundas no buraco negro da volatibilidade. Os delírios instantâneos que se prolongam no tempo e no espaço da poesia... O poema não é o falatório de súplicas e lamentos, em é a indócil contigüidade dos afetos conflitantes: é a mulher amada no momento do amor: pois que, perto dela a própria lua desaparece do luar. O que encontra a reação crepitante no corpo vem da alma? O que se perde nas reles impossibilidades aumenta o vazio nas jarras desusadas de nosso inconsciente? Os dúbios caminhos da vanguarda prenunciam seus evidentes funerais?