segunda-feira, agosto 22, 2005

DESENCANTO (1946),

de David Lean (roteiro de Noel Coward), com Célia Johnson e Trevor Howard.
Não é só o amor que importa, mas também a auto-estima e a decência... Se isso ocorre, ocorre como o início do fim do amor. Isso para que ele não se torne algo sórdido, amargo e culpável por outras misérias e aborrecimentos. Os dois, Célia e Trevor, ambos de meia-idade, um tanto amarfanhados na vida corriqueira em monótono desalhinho. O jeito é mesmo partir ou ficar e esquecer. E depois lembrar os momentos felizes que voltam na memória e não mais nas atividades presentes e futuras. O desencanto é um sinal dos tempos de cada vida. O filme é isso, muito isso. Uma história de amor e desamor, igual à tantas outras, que não são assim contadas por uma mulher enquanto o marido faz as palavras cruzadas numa revista.