quinta-feira, janeiro 18, 2007

O CINÉFILO INVETERADO

Do livro “Os Filmes de Minha Vida”, de François Truffaut, trad. de Vera Adami, Ed.. Nova Fronteira, RJ, 1975, pág. 280: “ Um jornalista sueco escreveu: “Bergman sabe um pouco demais sobre as mulheres”, e Bergman respondeu: “Todas as mulheres me impressionam. Velhas, jovens, altas, baixas, gordas, magras, grosseiras, pesadas, leves, bonitas, atraentes, desengonçadas, vivas ou mortas. Também gosto de vacas, macacas, porcas, cadelas, jumentas, galinhas, gansas, peruas, ratazanas, e hipopótamos-fêmeas. Todavia, a categoria feminina que mais aprecio é a das feras e dos répteis perigosos. Há mulheres que detesto. Gostaria de matar uma ou duas, ou então de ser morto por elas. O mundo das mulheres é o meu universo. Eu talvez evolua mal dentro dele, mas não há nenhum homem que possa se gabar de fazê-lo inteiramente bem”. Da revista ALETRIA – Literatura e Cinema, UFMG, BH, 2001, pág. 9, de um texto de Peter Greenaway (trad. de Miriam Ávila: “...todos sabemos que a literatura é superior ao cinema como forma de narração. Ela potencializa a imaginação como nenhuma outra. Se você quer contar histórias, seja autor, novelista, seja escritor, não seja diretor de cinema. (...) Leia “ele entrou na sala” e imagine mil encenações. Veja “ele entrou na sala” no cinema-como-o-conhecemos e você ficará limitado a uma única encenação. “ Na página 70, Anita Leandro, da UFRJ, complementa a relação cinema/literatura: “Como PRENON CARMEN”, todo cinema de Godard procede a essa mesma abordagem da literatura, mantendo com ela uma relação de pura interdicisciplinaridade. Não se trata de adaptar a literatura ao cinema, mas de formar com ela um par e, junto com ela, a partir dela, produzir uma escrita essencialmente cinematográfica, na qual, como diz Bazin, o cineasta possa, enfim, “se igualar ao romancista”. Da Revista de Filmes em Vídeo QUEM PROCURA, ACHA: Woody Allen, na opinião do crítico Jack Kroll: “Seu rosto parece sugerir que Deus é um cartunista” Wood afirma não pretender a imortalidade através de seu trabalho: “ prefiro obtê-la simplesmente não morrendo”. O primeiro teste de Fred Astaire em Hollywood teve o seguinte resultado: “Não sabe representar. Não sabe cantar. Meio careca. Dança um pouco.”. Opinião de Brigitte Bardot sobre os homens: “A humanidade me enoja, mas distingo dois tipos de homens. Os primeiros são sensíveis, carinhosos, eu os amo. Os segundos são cruéis, violentos, e eu os evito”. A receita de boa forma física de Tônia Carrero concentra na letra G: ginseng, gelatina, gengibre, guaraná, germe de trigo e ginástica. Gordura, nunca”. As contradições da política: em 1952, quando estava na Europa com Oona O”Neill e alguns de seus oito filhos, Charles Chaplin foi surpreendido com a decisão do Governo Truman de considerá-lo passível de prisão por suas supostas atividades antiamericanas, caso regressasse aos Estados Unidos. (...) Em 1972 ele viveu um grande momento de glória ao retornar ao País para receber seu segundo Oscar Especial. Já debilitado, ele viu a América lhe pedir perdão. “ Ela poderia derreter um homem com um mero levantar de sobrancelhas e destruir uma rival com um olhar. Ainda que tivesse apenas a voz, poderia partir o coração de qualquer pessoa. Mas tinha também o corpo maravilhoso e a beleza intemporal do rosto”: Assim Ernest Hemingway descreveu Marlene Dietrich, a bela diva, o grande mito do cinema.