PARÁFRASE DE UM SONETO DE PETRARCA
O afortunado chão que a senhora Passando de manhã, comprime, na leveza; As margens que aprovam seus belos pensamentos E guardam de seus olhares a proximidade; As árvores e as casas e as pessoas São pálidos sonhos de sua realidade; O sol a nascer vai percorrer o zodíaco E enfeitá-la mais de nobres grandezas; Ó manhã dos caminhos, ó rio dos mergulhos! Que banhais o rosto dela com os olhos dela E aprendeis com ela um brilho mais vivo Que o das pedras ensolaradas, que sentem A emoção de meu silêncio, que não sabem Como invejo esse chão e aquelas margens!
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