sexta-feira, agosto 03, 2007

UMA, DUAS ARGOLINHAS

Os Sonhos Medonhos de Francisco Quevedo (1580-1645). - A gargalhada é a forma caricaturista do pranto. - Os ressuscitados não queriam sair das sepulturas. - Não havia ratos nem moscas na Arca de Noé. - Há mel na mandíbula de um leão. -Os sodomitas: por causa deles é que os diabos têm rabos. - Os que não estão no inferno, o inferno está neles. - Há quem este amor não dorme sem justiça ou com razão que é sarna e não afeição este amor que gruda e come. As Realidades Diáfanas. Penso que o conceito lapidar “penso, logo existo”, pode ser ampliado para alcançar muitas deliberações e direções, inclusive para afirmar que tudo que é pensado pode ter existência, se não concreta, pelo menos abstrata. Vislumbrando ai que o que é abstrato pode, quem sabe, concretizar-se um dia. É o caso da vida interplanetária. Tem sido tão propalada pela ficção, em seus vários gêneros (científica, literária, romanesca, cinematográfica) que passa a ter cabimento existencial, por enquanto apenas especulativo e fantasioso, mas como diz o jargão: não é de grão em grão que a galinha enche o papo? O imaginário palpitante e coeso não parte de uma premissa também palpitante e coesa? Tanta instauração existencial que revolucionou os parâmetros intelectuais não foi incorporada no lugar comum das coisas que com o passar do tempo não se tornaram até triviais? Ecos do PAN. Desolados, voltamos a ver no PAN a competição de jogos que incentiva, recrudesce o culto da violência humana, como se ela fosse necessária para fortalecer e encantar a nossa vida. Um absurdo observar como práticas fajutas, deselegantes e violentas, como o tiro ao alvo, as várias modalidades de luta-livre, o automobilismo, a esgrima, o levantamento de peso, o motambaique, a planagem aérea e a marítima, a caça disso ou daquilo, a briga de galos, os rodeios, as touradas, tantas formas brutais de competitividade agressiva e malfazeja, sejam relacionadas como esportes. Não são esportes no sentido da educação física , da recreação mental, do exercício cultural. Nem ver! São, sim, atividades fajutas e deselegantes, lançadas por dirigentes sociais irresponsáveis, para inocular uma espécie de sado-masoquismo, influenciando e incentivando as multidões ao maldito culto da violência. 

Os Sete Princípios de André Vermeuler (agradecimentos à escritora Lélia Parreira Duarte). 

1 – Estimule-se fisicamente. Mova-se, dance, faça exercício aeróbico, nade, pratique esportes, faça exercícios: com a mão esquerda toque a orelha direita, com a mão direita toque o nariz. E vice-versa, várias vezes. 

2 – Tome 8 copos de água, obrigatoriamente. Se estamos estressados, aumentemos para 16 copos. 90% do cérebro são compostos de água, que é o veículo das transmissões eletroquímicas. 

3 – Fique rodeado de plantas – elas aumentam nossa produtividade. Oxigene-se. Faça exercícios, caminhadas, respire em quatro tempos, segure o ar em 16 e exale em 8. 

4 – Alimentos para o cérebro: cinco porções de frutas e verduras ao dia: sementes, alho, grãos completos, cogumelos, azeite extra-virgem e proteínas – e peixes. 

5 – Pense positivamente. 

6 – Escute música. 

7 – Libere o cérebro, ocupando-o com jogos, viagens, leituras, exposições, estudos. Mantenha o equilíbrio. Não trabalhe demais. Trabalhe melhormente.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Muito bom Lázaro. Seus textos são daqueles tipos raros, que te prendem no centro da página e não te soltam até o fim.
Um abraço!

9:45 AM  

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