ENLEVO PASSAGEIRO
As árvores passam na janela do ônibus Ela dorme ao lado? O sono é aura Nele a ninfa Eco repete os cantos no vale O jovem Narciso repete as imagens no poço São as duas solidões do amor? Dormindo se inclina para defender-se De outros lumes Os braços encostam nas nuvens? A brasa refresca? O batom desmaia nos lábios? A luz que circunda O ventre aninhador Os cabelos acalmam O que se apóia, mais voa Que mal faz se me encostar? Que mal faço se a cantar?
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