terça-feira, setembro 09, 2008

EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO (*)

Diário de Leitura de Proust.

Depois de um bom tempo de interrupção da leitura dos volumes extensos e compactos de “Em Busca do Tempo Perdido”, de Marcel Proust, e assim desafogar a pressão e minimizar um pouco a carga influenciadora do clima francês do começo do século vinte tão lidimamente transcrito nas milhares de páginas de forma copiosa, intensiva, instigante, quase possessiva; depois de ler cinco volumes a intervalos calmantes, comecei agora a ler, inadvertidamente, o “No Caminho de Swann”, o primeiro da série, deixando para depois o sétimo e último, “Sodoma e Gomorra”, através do qual é bem capaz que eu retome a releitura, se Deus me der vida e saúde. Sim, porque a coletânea de Proust (intrincada, ciclópica, surpreendente a cada página, e ao mesmo tempo inteiriça: causa e conseqüência do que existe, como a dos trágicos gregos, dos bíblicos, do teatro elizabetano e dos ficcionistas russos) está sempre a dizer, veladamente aqui, claramente ali, que o que existe tem que ser continuamente pensado e repensado, sentido e ressentido, lido e relido. Outra vertente, ponderável e assimétrica, de sua obra, é a enfatização, espontânea e expressiva, da valorização genética dos temas e dos respectivos tratamentos narrativos-descritivos. Dependendo do ponto de vista e de apoio, a linguagem vai fluindo, vindo e indo na mesma correlação do raciocínio, confluindo na mesma intenção não meramente conclusiva, mas idealmente adaptativa e concorrendo para abrir os caminhos das viagens pretendidas e subitamente surpreendentes, graças ao encadeamento. Sua técnica de esmiuçar sem cansar, de ir não apenas às extremidades do fundo, mas também às dos lados, e assim descobrir as enevoadas respostas das enevoadas perguntas, é só um exercício de paciência persuasiva, uma certeza que os achados não se esgotam na procura, mas que se desdobram, irmanados, e se multiplicam e cada interrupção é apenas uma pausa para recobrar o ânimo de novas arrancadas na incursão sem um fim adredemente colimado, uma vez que os meios são o que importam quando a finalidade é tudo e não apenas uma parte. É assim que Proust vai abrindo as cerradas direções do conhecimento luminoso: clareando o que está nas sombras e sombreando o que jaz na luz. É como um garimpeiro, um descobridor autônomo no território virgem, sentindo-se acompanhado em si mesmo da escolta de auxiliares perscrutadores, os próprios sentidos em si incrustados e agora alertados. A leitura lenta e demorada de seu texto encomprida-se nos freqüentes e longos momentos de degustação dos sublinháveis trechos de luz no curso trepidante de sua prosa mananciosa, caleidoscópica e absolutamente engenhosa e seleta no fluir das páginas inteiramente preenchidas da linguagem ao mesmo tempo comum e briosa, copiosa e impactante, como as partes emendadas de uma floresta na qual a biodiversidade mais viva jamais deixa de palpitar. E o que ainda mais encarece o primor textual da leitura assim continuada, consecutiva e encantatória, é a pausa que o leitor se obriga a dar ao prazer da fluência. Viro uma, duas páginas e tenho de dar uma parada para engolir, digerir, recalcar tantas referências e inferências, tantos quitutes meditativos, por assim dizer, pois a emoção despertada às vezes não cabe na simples aceitação, derrama na sofreguidão do feliz achado de mais uma jóia preciosa do virtuoso espírito humano – e assim tenho que interromper a leitura para congelar e arquivar a brilhança das entrelinhas e das linhas do contexto, sempre mais descritivo que narrativo (sendo que nele descrever é às vezes narrar). O mesmo que às vezes acontece com a gente, diante das emoções mais fortes: temos que silenciar, sair de perto e sofrer e gozar o impacto mais inteiramente, mais serenamente. O livro bem aberto no meio, eu me sentindo uma mera palavra dentro dele, temendo que ele se feche, me mate por sufocamento, sentindo-me assim como se trilhasse na base de duas encostas que se alteiassem distanciando uma da outra como duas páginas do livro aberto. Sentindo-me sozinho – um diminuto ponto no fundo de duas esteiras gigantescas, eu temia que elas, esteiras reclinadas, se inclinassem de repente, rejuntando-se como duas partes de um livro que se fecha, sendo eu mesmo uma mera palavra dentro dele. Passado o súbito temor, vinha o arejamento da paisagem campestre, a presença das coisas graciosas e da sinuosidade pictórica, amenizando o temor do perigo, enquanto que revendo a cavidade das páginas, sentia que o ar ali ainda era exíguo e o palavreado, apesar de rútilo e instigante, mais compacto, ofegante,que poderia asfixiar-me, já que eu não passava de uma palavra que não podia correr na página, livrar-me da frase, do período, dos aclives e declives, da torrencialidade sem parágrafos das páginas continuamente movendo-se no abre-e-fecha de cada transida leitura. Sobre o pouco ele diz muito e logo esse pouco fica sendo muito e mesmo o muito fica sendo pouco, isso porque o leitor, atiçado, quer mais, sabendo que ele pode continuar ali a oferecer sempre mais. Não é que um simples vão de agulha vire uma porta, nada disso. Mas uma porta nos olhos e nas mãos dele não são apenas peças de uma casa. A leitura de Proust tem que ser atenciosa porque se trata de algo minucioso, seqüencial, no qual preponderam as vírgulas e não o ponto final, tudo assim encadeado num ritmo coeso que se interrompe pela extensão e não pelo cansaço. Algo assim como quando encontramos uma paisagem oferecendo a múltipla variedade de caminhos, uns entrelaçados, outros dispersivos, mas todos contextualizados na visão heterogênea da vida e do mundo que não se contém num flagrante congelado e conclusivo. Assim quando ouvimos uma boa dissertação que nos intriga por certa atraente e aparente obscuridade, pensamos: como uma página de Proust. Ou então como quando conhecemos uma pessoa que não se dá a conhecer instantaneamente, e ao contrário, sugere o interesse de novas abordagens e novas interpretações, deduzímos que se assemelha a um personagem de Proust. Porque assim devia ser a concepção da vida dele: o ato contínuo de ir e voltar em todas as direções atraentes, contanto que dentro de nós vicejasse o gosto de tentar captar na deambulação incessante o sentido da unidade das coisas na diversidade das coisas. Eis como ele depara com um momento de exceção, quando os olhos mandam dúbios e eletrizantes sinais ao coração e este, enrubescido, não consegue dar uma resposta, deixando no ar a indefinida imagem de um instante ou de um lugar que se torna persistente e persuasivo, maravilhosamente indefinido, como se fossem estrelas caindo no mato em pleno dia. Ele vê “a garotinha de um louro arruivado” e os olhos negros dela tornam-se azuis mediante a incapacidade dele de superá-los em seu espírito de observação, tomado subitamente pelo desejo de tocá-los, capturá-los “e levar consigo o corpo que está olhando e com ele a alma”. -“As três torres ao longe, diante de nós, como três passarinhos pousados na planície ( ) ocultavam algo semelhante a uma bela frase..., quando a estrada mudou de direção ,elas viraram na luz como três pivôs de ouro..., avistei-as pela última vez, de muito longe, e não passavam de três flores pintadas no céu acima da linha baixa dos campos...três moças de uma lenda...”. A caminhar pelos campos, impregnado das dádivas da natureza, começava logo a sentir uma nova emoção associando à beleza paisagística o desejo de que ali surgisse uma mulher para juntar os encantos da natureza com os encantos da mulher e então toda a beleza de uma árvore era ainda e mais da mulher e assim, ele diz: “a minha sensualidade se espalhando por todos os recantos da minha imaginação”, e era assim que “meus desejos não tinham limites”. Assim, creio, ele sugeria que a verdadeira sensualidade feminina está, primeiro na natureza, e só depois é que descola um tanto e no mesmo tamanho se cola na lembrança e mesmo nos traços dos semblantes, nas retas e curvas, aclives e declives, inteirezas e reentrâncias da paisagem sensual que é um corpo feminino bem moldado. Assim a moça que ele delineava “envolta em folhagem” propiciava-lhe “o profundo sabor da região”, o prazer que advém de uma “perturbação antecipada”, entrando em jogo os instrumentos intercambiáveis na obtenção de um encanto que nos propõe sair de nós, porque está nela (na mulher, na natureza) e não em nós. (...). Era assim que ele perscrutava indefinidamente o tronco de uma árvore, “atrás do qual ela iria surgir”. - Nele o culto da personalidade é às vezes plausível por ser minucioso. Ao descrever a postura momentânea da Sra. de Guermantes, que ele tanto admirava e só agora conhecia pessoalmente e recebendo dela um olhar como a carícia consciente de um raio de sol, ele acrescenta ao reparar que ela olhava, também, outras pessoas: “foi-me impossível saber se ela aprovava ou censurava, na ociosidade da alma, a errância de seus próprios olhares”. A imagem que lhe vinha através da associação de lembranças era tão refeita de detalhes, e lhe dava a impressão de reconstituir fatos e pessoas de séculos passados – o que lhe parecia impossível como conversar com outras pessoas de uma cidade a outra.... A reunião das lembranças formava uma massa surgida de um perfume que logo se esparzia “em nervuras e fendas com as misturas de cores que nas rochas e mármores revelam diferenças de origem, de idade e de formação”. As lembranças seriam, para ele, como uma transposição e transfusão de visualizações e audições de telefonemas recebidos de longe não apenas no espaço como no tempo? - O Sr. Swann, um notório galâ das altas rodas da sociedade, inveterado comedor de mulheres, gostava de passar o tempo com as que achava “bonitas” e não apenas com as esculpidas e pintadas pelos mestres da arte, uma vez que “a profundidade e a melancolia de expressão esfriavam-lhe os sentidos que, ao contrário, uma carne saudável, opulenta e rosada bastava para despertar”. Burilador de filigranas e meticulosidades, Proust entrava prevenido e paciencioso na vegetação da prosa, alinhando, descrevendo e desviando os ramos no desembaraço da linguagem caleidoscópica, sem afrontá-los ou desprezá-los, e assim, fazendo justiça a todos os elementos do envoltório, ele lograva brilhantemente pescar e fisgar as pérolas e as flores no meio dos sargaços e dos cerrados, apresentando os dois dedos da poesia nas mãos da prosa. Inigualável nessa especialidade. - Mas ele não é de vez em quando um tanto ou quanto prolixo? Creio que na torrencialidade narrativa-descritiva, ele não exime a prolixidade, creditando-a no entanto à valorização dos detalhes no contexto, os quais deixam às vezes de serem coadjuvantes nas cenas, para roubá-las no colorido e na importância expressional. É assim que entendo as dezenas de páginas a respeito de Odette, que se tornam fastidiosas na leitura intermitente, quando procuramos alguma “novidade” na pessoa dela e encontramos uma dama afável e bela, mas despida de uma particularidade que normalmente o leitor procura na personagem tão intensamente iluminada pelo autor. Ele fala da posse sexual (“na qual, aliás, não se possui nada”, como diz) como uma maneira de dizer “fazer amor”, sem se aprofundar no tema, apesar do alongamento meramente palavroso. Parece que intencionalmente ele não explorou o lado mais atraente da sedução amorosa, contentando-se com pormenores, como os dizeres de Swann diante de Odette: “sentia renascerem dentro de si as inspirações da juventude, que uma vida frívola havia dissipado” e que agora nas horas mais longas da maturidade, ele sentia “o prazer delicado em passar em casa, sozinho com sua alma em convalescência, voltava aos poucos a ser ele mesmo, porém com outra alma”. Aí então, sim, o leitor sente que valeu a paciência de percorrer tantas páginas monótonas. O ouro estava difícil, mas foi encontrado. Ao longo da torrencial deambulação retórica das frases longas e períodos maiores, as frases de efeito não são propositais nem isoladas, surgem no esgarçar do palavreado, que se emenda indefinidamente como num monólogo interior, que Joyce tanto usou e aprimorou. Elas surgem como que escondidas no intrincado das incansáveis perorações. Assim a conclusão que Swann tirou da carta de Odette ao rival Fordesville, na qual ela dizia que este havia esquecido o maço de cigarros em sua casa, alusão que o enciumado traduziu com a frase de efeito: “se tivesse deixado seu coração, eu não teria devolvido”. O teor possessivo do amor é mesmo inelutável. A pessoa amada, enquanto retribuidora do afeto, é sempre indefectível. Mas depois de mostrar-se ingrata e alheiada, perde as virtudes de uma hora para outra e passa de anjo a desarranjo, tendo cometido apenas o deslize do repentino desamor. Assim Swann, rejeitado por Odete, muda a opinião a respeito dela: “o que interessa saber é se tu és esta criatura que se situa no último degrau do espírito e até do encanto, o ser desprezível que é incapaz de renunciar a um prazer. (...) Tu és uma água informe que corre segundo a inclinação que se lhe oferece, um peixe sem memória e sem raciocínio que, enquanto viver sozinho no aquário, há de se ferir mil vezes contra o vidro que continuará a pensar que é água”. O amor próprio ofendido abalroa o outro amor antes dedicado à outra pessoa. As virtudes passam a ser defeitos? No fundo o ciumento sabe (e todos sabemos) que os xingamentos da raiva não passam de um doloroso ressentimento, diria até de um doloroso recrudescimento de um amor já não mais correspondido. Mas afinal, a leitura de Proust é ou não é cansativa? Se o leitor é sofrivelmente dinâmico, no sentido de pinçador apressado de trechos, ele é exaustivo (e não propriamente cansativo). Mas se o leitor é o que vai saboreando pelas bordas, deliciando-se com os entretons, as fagulhas dos detalhes, os primores dos achados, ah, aí a leitura é pequena para o tamanho do tempo que vai disponibilizar. O leitor fica como o explorador de uma mata virgem, a cada momento descobre no rol da folhagem, dos troncos e dos ciscos, uma jóia rara em forma de vegetal, de mineral, de animal na luxuriante, maravilhosa biodiversidade. Depois de páginas e páginas ruminando os desamores de Odette e a ciumeira de Swann, vem o acordar lúcido do sono mórbido, a clara realidade recém-saida de um sonho difuso e mortificante. E assim recobra a própria identidade, contemplando bem de perto a tez pálida dela, “as faces demasiado magras, os olhos pisados – tudo aquilo que – no decurso de ternuras sucessivas que tinha feito de seu durável amor um longo esquecimento da primeira imagem que dela recebera (...)”. “E dizer”, ele atônito conclui, “que desperdicei anos de minha vida, que desejei morrer, que vivi o meu maior amor, por uma mulher que não me agradava, que não fazia o meu tipo!” Algumas impressões são tão emotivas que merecem dele a observação de serem presentes que Deus não dá duas vezes, que Deus fez o tempo e não o vendeu pra gente. Assim, captando da leitura dos livros de Bergotte o fluxo melódico, ele o leva à quintessência da preciosidade e a magnitude da continuidade, uma vez que começado não parece parar, infinito que parece ser. Assim ele nos ensina pensar muito, aos poucos, entrando em áreas de refúgio e de sociabilidade, para conhecer o amor que nos faz conhecer a angústia, a virose do ciúme, as odiosas virtudes, as pupilas apaixonadas de um rosto de gelo, a música do luar na flauta do silêncio, um pedaço do céu acima da vida, tantos momentos de exceção, até mesmo um certo reino vegetal na atmosfera, a mesma sensualidade na ociosidade da alma, na horticultura aquática, no meio das árvores feridas e não vencidas, a bela frase oculta no interior das coisas e dos seres. NOTAS COMPLEMENTARES: O conhecimento que temos de nós mesmos é precário se não nos atentarmos sobre ele – e de qualquer forma é restrito. Mas o conhecimento que temos sobre outras pessoas, principalmente daquelas que mais amamos, é mínimo, ilusório, enganoso. Proust quebrava a cabeça procurando entender sua amada Albertine em suas (dela) luzes inumeráveis e fugidias – e era assim que a beleza dela se tornava para ele algo de dilacerante, fonte de suposições que engendravam a rede do inexaurível ciúme. Como sofria o que para ele era um esquecimento da natureza de não criar a interpenetração das almas quando criou a divisão dos corpos! “Não somos livres diante da obra de arte, que sendo preexistente a nós, devemos descobri-la, não em sua realidade mais profunda, que certamente permanecerá para sempre ignorada, mas pelo menos na felicidade de sua verdadeira lembrança”, ele diz. E acrescenta: “o que estava claro antes de nós, não nos pertence..., o artista deve ouvir seu instinto para saber o que faz com que a arte seja o que existe de mais real, a mais austera escola da vida, e o verdadeiro Juízo Final.... Só vem de nós mesmos é o que extraímos da obscuridade existente no nosso íntimo e que os outros não conhecem”. De todo material imaginável para a tela, diz Pauline Kael, “o texto de Proust é o que mais exige sentimentos sutis para os ritmos”. Outras pérolas dele: “O desejo transformado em crença confere a um simples vestido de mulher uma particularidade individual, uma irredutível essência”. “Também a floresta pousa em nós o seu olhar!” “O Senhor de Guermantes só voltava a ser generoso quando conseguia as graças de uma nova amante. A sra. de Guermantes, não se importava, ao contrário, prezava o duplo papel de traída e cúmplice”. O casamento das flores, segundo ele: divertido, sem lanches, sem sacristia. E a noite nupcial, o conluio?: “entre as flores tudo é simples e discreto: nota-se apenas uma chuvinha alaranjada, ou uma mosca poeirenta que vem espanar as patas ou tomar uma ducha antes de entrar numa flor. E tudo está consumado!” A publicação de seu primeiro livro foi bancada por ele que, de quebra, ainda teve que oferecer outras vantagens à editora, isso em 1913. Suas obras e sua pessoa eram na opinião dos editores ambíguas e circulares, defeitos que hoje são considerados virtudes, tanto na literatura como no ensaismo. Mário Pontes escreve que o romance EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO, em sete volumes,é um rio que corre em círculo e deságua na própria nascente. A reflexão crítica circunda e atravessa toda a fluidez ficcional de Proust, mostrando ao longo das páginas a relação (a irmandade?) entre as artes, notadamente entre a literatura, a música e a pintura, sem omitir o paisagismo e a filosofia. Escritores, músicos e pintores são seus personagens, seus figurantes luminosos, suas brilhantes referências. Mas será Proust o romancista dos salões aristocráticos de Paris na transição dos séculos 19 e 20? O crítico José Maria Cançado cita Jean Cocteau a propósito do interesse que Proust teria nessa gente: “Vocês acham que Fabre se importa com os insetos? Marcel Proust não veio glorificar essa classe social, mas sim retratá-la em seu luxuoso e miserável aquário”. 

(*) Leitura indiscriminada, sem objetivo de análise crítica (que não é de nossa competência), e aleatória quanto à seqüência da coleção (dos sete volumes da obra, apenas Sodoma e Gomorra, não foi encontrado para ser adquirido, e portanto não foi lido). A segunda parte deste diário de um leiturista está apenas datilografada e depois de escaneada, será colada a esta parte.

Divinópolis, 14 de fevereiro de 2006.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Lázaro, terminei de ler esse seu post e o outro também, acerca de PROUST. Fiquei maravilhado com suas interpretações e com as lições que dali recolhi. Aprendi demais. Aliás, você é um mestre mesmo. Que bom que o descobri aí nessa Divinópolis, escondidinho-da-silva. Adoro esse tipo de leitura sua. Quando na faculdade, certa vez até me esqueci duma prova; estava eu na biblioteca centra da Universidade, "viajando" com Sócrates, Platão e tantos outros daquele tão idos tempos... De repente me chega uma amiga de sala, e diz: - Como foi na prova do professor (fulano; esqueci agora)? E eu: - ¿Prova? Onde?... Aí ela percebeu que eu estava "em viagem"... Rimos daquilo.

abração mestre Lázaro

10:14 PM  

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