terça-feira, dezembro 30, 2008

AS MÚLTIPLAS PERSPECTIVAS (*)

A Vanguarda através do tempo: - O Gótico e o Barroco - O Modernista e o Futurista - O Discursivo e o Visual. A palavra bate na porta do silêncio e silencia, viva. Depois o silêncio abocanha a palavra e se torna ruidoso. O Nosso Mundo em novembro de 2008: - As ruas cheias de automóveis, as ruas cheias de lixo - O condomínio de luxo, a favela - O edifício de cimento armado, o barraco de pau a pique - E o poeta que escreve-fala-repercute: em vez de adormecer o silêncio, desperta-o. Adriana Versiani diz “sou a ponte onde atravessa a loucura”; “explosões solares quebravam os vasos e libertavam as palavras que desciam o rio”. As palavras se escrevem num ânimo torrencial pelas páginas da vida e do mundo e as coisas inanimadas tornam-se seres vivos e pertinentes... Camilo Lara diz: “Ou melhor: uma palavra transparente em sua orla ou alguns descontraídos em suas falsas alusões”. Os Outros: tantos timbres e tantos ritmos – as vozes diferentes em cores e espessuras afinam-se como roupas distintas de variadas pessoas no mesmo varal de um estranho e veemente festival de Orestes Barbosa e Silvio Caldas. 

(*) “As múltiplas perspectivas do sujeito frente ao mundo” – frase do escritor Rogério Barbosa da Silva no Prefácio da ANTOLOGIA DEZFACES (Gráfica Editora O Lutador”, em dezembro/2008, Belo Horizonte, MG).