quarta-feira, novembro 12, 2008

POÉTICA

Muitas vezes o que é válido e precioso e indispensável para o autor, é impreciso e álgido e repetitivo para o leitor. Muito melhor é escrever pouco e acertado, sem dispersar as palavras em montes de páginas que se dilaceram na vacuidade. Exemplo? Compare o Maiakovski loquaz com o Rimbaud comedido. Quem procura a síntese encontra o leitor. O que é bom chega com um pé e volta com o outro. O que é ruim vem com a corda toda, para nos amordaçar. Prefiro os relâmpagos na trovoada, o piscar de luzes de uns olhos bonitos na escuridão, as palavras para ler e ouvir na nesga da alacridade: fechar nas mãos o momento conciso do tempo perdulário.

1 Comments:

Blogger FERNANDINHA & POEMAS said...

Olá Amigo, cheguei aqui através do blogue A Balestra, e confeço que muito apreciei a sua escrita... Parabéns... Prendeu-me!!!
Beijinhos,
Fernandinha

2:22 PM  

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