OS BARRETOS NA HISTÓRIA
O livro sobre a cidade de Barretos (SP, intitulado “BARRETOS- Primeiros Povoadores e Fazendas”, de Gabriel Junqueira Machione e Roseli Aparecida Tineli, confirma o nome de Francisco José Barreto como o fundador da famosa cidade dos rodeios, atrelando-o à família de nossos ascendentes portugueses O fragmento que abaixo transcrevo vai da página 32 à 38. A pesquisa deles corrige um erro do cartório do antigo Distrito do Desterro (hoje Marilândia), que registrou minha avó materna como sendo de pais desconhecidos. O nome dela (conhecida na nossa família por Vovó Barreta) é Maria Tereza de Jesus Barreto. A leitura do livro não exclui a hipótese dela ser sobrinha de Tiradentes e confirma que era da Família Barreto antes mesmo de casar-se com meu avô paterno José de Oliveira Barreto. O parentesco com Tiradentes está quase que explícito na Genealogia Mineira de Artur Resende; e com o fundador da cidade do interior paulista, do mesmo modo, está bem explícito no livro de Machione e Tineli, conforme a transcrição abaixo: “O insigne historiador mineiro Lázaro Barreto, em seu trabalho da Genealogia da Família Oliveira Barreto, presume ser Francisco José Barreto parente de Antônio José Barreto, um dos primeiros moradores do Distrito do Desterro da Villa do Tamanduá. A primeira igreja do Desterro foi provisionada em 1754, o que indica que o Arraial já existia – e numa Sesmaria de 1767 cita-se o referido Antônio José Barreto como dono das terras confrontantes ao patrimônio da igreja, o que indica que já residia lá há mais tempo. Esse Antônio José Barreto era sargento-mor, nascido em Sé de Braga, Portugal, casado com Joana Maria de Souza e Castro, nascida na Freguesia de Santo Antônio da Villa de São José (hoje Tiradentes). Era filho do Tenente Miguel de Araújo Barreto, de Sé de Braga, e de Rufina Barreto, da Freguesia de Soutelo, Arcebispado de Braga. Segundo Lázaro Barreto, baseando-se no livro “Os Primitivos Colonizadores Nordestinos e Seus Descendentes”, de Carlos Xavier Paes Barreto, a genealogia dos Barretos remonta a Frederico 4º, Rei de Astúrias, 451 anos depois de Cristo; depois vem Eurico, Alarico, Rei de Espanha, Amalarico, Leovegildo, Santo Ermenegildo, Rei de Sevilha, Atanagildo, Afonso III, Rei de Astúrias etc. Depois vem Gomes Mendes Barreto, pai de Fernão Barreto e Sancha Paes, dos quais descenderam, entre outros, Clóvis, Rei de França, Santo Arnaldo, Duque Henrique de Borgonha, Afonso Henrique, Primeiro Rei de Portugal (1111-1185), Tereza Pires de Bragança, Egas Muniz, Arnaldo Baião, Príncipe da Baviera, Nunes Soares etc. As armas dos Barretos, número 58 das 74 estampadas por ordem de Dom Manuel no teto da Sala dos Veados no Paço de Sintra: uma donzela vestida de arminho, cabelos soltos, braço direito curvado, uma mão apontando para cima, o braço esquerdo e a mão apoiados no quadril. O arminho significa pureza. No Minho foram edificados os solares dos Barretos. O primeiro Barreto chegou a Pernambuco em 1557: João Paes Barreto, neto de Florentino Barreto. O pesquisador Lázaro Barreto levantou vários Barretos ilustres na História do Brasil. Entre os quais: 1 – General Francisco Barreto, Governador Geral das Províncias Meridionais, na Bahia, até 1659. 2 – Capitão General Luiz do Rego Barreto, governador de Pernambuco, a partir de 1817. 3 – No Termo da Cidade de Mariana, de 1817, constavam os distritos de São Gonçalo do Barreto, e Pilar de Barreto. Igualmente Carmo da Mata chamava-se Mata do Barreto (devido às terras do citado Antônio José Barreto, que eram localizadas no atual município de Carmo da Mata). 4 – Belchior Isidoro Barreto, Intendente no Serro Frio em 1749. 5 – Fernão Dias Paes Leme (1666) que, segundo Lázaro Barreto, ascendência dele vai até Maria Alves Cabral, irmã do Descobridor do Brasil (um genro de Barreto Leme era ascendente de Fernão dias Paes Leme). 6 – Felix Sanches Barreto possuía uma Sesmaria no Ribeirão Iquiriri (Minas Gerais). 7 – Nicolau Barreto, bandeirante, 1711. 8 – Francisco Barreto de Menezes, sacerdote, descendente do Governador Geral do Brasil, de nome idêntico, na gestão de 1583 a 1584. Em 1715 outro fidalgo português, de igual nome, era Rendeiro da Passagem do Rio das Mortes. 9 – Gaspar Barreto, minerador que desbravou a região aurífera de Pitangui, em 1718. 10 – Amaro da Silva Barreto, comerciante em Pitangui, em 1718. 11 – Antônio Ferreira Barreto era Juiz Ordinário em Pitangui, 1718. 12 – Eleutério Barreto, possuía uma Sesmaria no lugar denominado Minas de Pitangui. 13 – Francisco Barreto Bicudo, sargento-mor, Sesmaria em Gualaxo do Norte, Freguesia de São José da Barra, Termo de Mariana. Possuía outra Sesmaria no Rio Gualaxo, na beira do Morro Descalvado, perto de Mariana. É antepassado do Cônego Trindade e do Deputado Jesus Trindade Barreto. 14 – Josepha de Almeida Barreto possuía uma Sesmaria entre a Freguesia de Santo Antônio da Roça Grande e a de Curral Del Rei, Comarca de Sabará. 15 – Manoel de Souza Barreto, Sargento-mór, Sesmaria na freguesia do Rio das Mortes Velhas Acima. 16 – Miguel Pires Barreto, Sesmaria na Cabeceira do Ribeirão do Papagaio. 17 – Thomaz Rui de Barros Barreto, Ouvidor Geral da Comarca do Rio das Mortes, gestão 1747 a 1751. 18 – José Barreto Pinto, Sesmaria no Sitio do Córrego São Lourenço, Termo de Mariana. 19 – Antônio Barreto de Lima, Sesmaria da Paragem do Ribeirão do Barreto, entre os arraiais de São Gonçalo e Campanha do Rio Verde, Termo de São João Del Rei. Possuía outra Sesmaria na Paragem da Serra do Ingai, Freguesia de Carrancas, Termo de São João Del Rei. 20 – Coronel José Velho Barreto, Árbitro de uma questão interestadual, que reconhece a posse do Triangulo Mineiro ao Governo de Minas, em 1765. 21 – João Caetano Soares Pereira Barreto, Provedor da Real Fazenda, em Villa Rica, de 1768 a 1777. 22 – Antônio José de Oliveira Barreto, Alferes de Ordenança e depois Capitão da Guarda Nacional, Solicitador de Causas (advogado), proprietário de terras em São João Del Rei e no Desterro do Tamanduá, nascido em 1768, em Santa Terezinha de Aroens, Termo de Guimarães, Portugal. 23 – Marechal Sebastião Barreto Pereira Pinto, Presidente da Província de Minas Gerais, gestão 1840-1841. 24 – Brigadeiro João Paulo dos Santos Barreto, Presidente da Província de Minas Gerais em 1844. 25 – Francisco de Paula Barreto, Sacerdote, nascido em 1773, fundou o Curato, a Freguesia e o Município de Oliveira , Minas Gerais. 26 – Antônio D’Escobar Barreto, Sesmaria na Paragem do Rio Abaixo. 27 – José da Cunha Barreto, casado com Ana Paula de Queiroz, comerciante em Pitangui, 1770. 28 – Francisco Moreira Piza Barreto, Sesmaria na Paragem da Cachoeira do Rio Machado, Freguesia de Santana de Sapucaí, Termo de São João Del Rei. 29 – Gonçalo Gomes Barreto, Capitão de Ordenança, Sesmaria na Paragem da Segunda Divisão no Córrego Robson Crusoé, Termo de Mariana. 30 – Bernardo José de Oliveira Barreto, Ajudante de Ordenança e depois Major e Comandante das Guardas Nacionais do Desterro do Tamanduá e da Villa de Tamanduá, tendo participado da Revolução Liberal de 1842, ao lado dos insurgentes, na Batalha de Santa Luzia. 31 – Mello Barreto, construtor do trecho ferroviário do Porto Novo do Cunha à Cataguases. 32 – Henrique Galvão Barreto, construtor do trecho ferroviário de são João Del Rei ao Arraial do Espírito Santo das Itapecericas, hoje Divinópolis, cidade que na época (começo deste século) recebeu seu nome em sua homenagem. 33 – Manoel Barreto dos Santos, Juiz Vintenário de Araxá, em 1791, nomeado pela Câmara da Villa de Tamanduá, para evitar a posse do Território do Triângulo Mineiro pelo estado de Goiás. 34 – José Simpliciano Barreto possuía uma fábrica de selins em Barbacena, no final do século 18. 35 – Abilio Barreto, escritor e poeta, jornalista e homem público, que pontificou em Minas no final do século 18 e no começo do 19. 36 – Tobias de Oliveira Barreto, Juventino Barreto, Quintiliano José Barreto, Floriano José Barreto, citados nos documentos referentes ao Distrito do Desterro (hoje Marilândia) e à Ermida do Carmo da Mata do Barreto (hoje Carmo da Mata), no período de 1817 a 1832. Em suas pesquisas, Lázaro descobriu três Francisco José Barreto, sendo um deles o fundador da cidade de Barretos, Estado de São Paulo. Uma filha do fundador da cidade tinha o nome de Tereza Rosa de Jesus, mas era chamada de Tereza Maria Barreto (o mesmo nome da avó paterna de Lázaro), tia de Valentim José Barreto. O pai de Lázaro chamava-se José Valentim Barreto. Pesquisas futuras poderão confirmar ou não a relação de parentesco entre Francisco José Barreto (o fundador da cidade paulista) e Antônio José Barreto (o fundador da cidade mineira de Carmo da Mata)” (Pela transcrição, Lázaro Barreto, que recomenda a leitura das páginas 100 e 101 do livro (esgotado) “Família Oliveira Barreto”, para a obtenção de mais detalhes sobre o assaunto). .
8 Comments:
Olá Lazaro,
Pelo seu blog, descobri a ascendência de Antonio Jose Barreto, pai de minha pentavó, Antonia Clara Felisberta de Castro cc Jose Ribeiro de Oliveira e Silva.
Saudações,
Luiz Henrique C. Ribeiro
Olá Lazaro,
Pelo seu blog, descobri a ascendência de Antonio Jose Barreto, pai de minha pentavó, Antonia Clara Felisberta de Castro cc Jose Ribeiro de Oliveira e Silva.
Saudações,
Luiz Henrique C. Ribeiro
Sr Lazaro, gostaria que me desse retorno pelo meu e-mail wilsonalvesgarcia@yahoo.com.br.o nome do meu avo era andrelino alves rosa e maria januaria garcia, ela quando viva dizia que andrelino era filho do fundador de barretos, mas não tenho fotos. gostaria de saber se existe fotos e nome dos filhos de francisco jose barreto e ana rosa.aguardo retorno.obrigado wilson
De todos os Barretos,o mais popular e dedicado foi com certeza:Abílio Velho Barreto(1883-1962).Segundo o Anuário de 1911,já se cogitava a criação de um museu em Minas,posteriomente o escritor Abílio Barreto,fôra convidado para organizar o Arquivo Municipal,este,encontando algumas peças históricas,levou ao conhecimento do então prefeito de BH Juscelino Kubitschek de Oliveira,que pelo decreto nº91,de 20 de maio de 1941,criou uma seção de história da cidade anexa àquele arquivo.Então,surgiu a ideia de se transformar aquela seção em museu e logo a Fazenda Velha do Leitão,único prédio inalterado existente do antigo arrail Curral Del-Rey,fôra indicado para ser o museu da cidade.Prontificou-se o serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional,a restaurá-lo,pois ameaçava ruir,e,issso foi feito de sorte,que em 18 de fevereiro de 1943,restaurado o velho prédio,instalou-se o Museu Histórico de Belo Horizonte.Ficando Abílio Barreto,encarregado de ser o diretor do patrimônio do museu da cidade.Com a morte de Abílio Barreto,em 1962,o museu passou a ser chamado de "Museu Abílio Barreto",em homenagem a seu ilustre idealizador.O livro:"Resumo Histórico de Belo Horizonte(1701-11947)-Imprensa Oficial-1950,é talvez o maior legado de Abílio Barreto,para a comprensão da história de Minas Gerais.
Sr lazaro, gostaria de saber se tem como descobrir o nome dos filhos e netos e bisnetos de Francisco José Barretos, queria saber se eu sou mesmo a 5 geração dele, saber um pouco mais sobre meus antepassados, minha vó viva até hoje fala que ela é bisneta de francisco.
Por favor me responde iseldamaria@yahoo.com.br
Sr lazaro, gostaria de saber se tem como descobrir o nome dos filhos e netos e bisnetos de Francisco José Barretos, queria saber se eu sou mesmo a 5 geração dele, saber um pouco mais sobre meus antepassados, minha vó viva até hoje fala que ela é bisneta de francisco.
Por favor me responde iseldamaria@yahoo.com.br
Sr Lazaro,
Sou filho de VINCENTINA REZENDE TAVARES,
Que é filha de GENESIO TAVARES,natural de Marilândia.
Gostaria de obter o livro da ÁRVORE GENEALOGICA da familía na qual o mesmo já se encontra-se
esgotado na livrarias.Segundo informações de EPONINA TAVARES,chama-se familía OLIVEIRA BARRETO.
boa noite fiz um levantamento da minha familia Marçal/Barreto e tenho uma arvore bastante rica, como posso lhe enviar ?
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