SÃO JOÃO DE DEUS
Filho de gente humilde e honrada, conheceu os espinhos nos pés e na cabeça. E mesmo assim afetuoso, condoído, pertinaz, viajou dentro de si e dos lugares, conhecendo e experimentando a dor da fome. Pastoreou o gado na paz, vestiu farda na guerra, sofreu o sobressalto do amor de Deus. Mendigou nas ruas em benefício dos famintos; roubou o pão que sobrava para suprir onde faltava. Enlouquecido de tanta fé, foi condenado e salvado da forca, amarrado e açoitado, repetidamente. E assim, enlouquecido de tanta fé no Bem contra o Mal, ele contraiu o gosto de ler, ler e ler (e hoje é padroeiro dos livreiros e tipógrafos). Engrandecido na virtude do amor, fundou um hospital para tratar dos doentes desvalidos, acometidos de doenças incuráveis e contagiosas (e hoje é o padroeiro dos hospitais e dos enfermeiros). Fortalecido no arroubo da íngreme peleja, ele apagou o incêndio de uma parte do hospital (e hoje é padroeiro dos bombeiros). Beatificado em 1630. Canonizado em 1680. Inspira eternamente as pessoas afetuosas, condoídas e piedosas, que fazem da Medicina o portal do Amor, da Piedade, da Saúde do corpo e da alma.
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