quinta-feira, março 11, 2010

VIDA

O sofrimento não mata ninguém. Sei de mim que vivi contra a minha vontade durante muito tempo na juventude. Depois, muito depois de ver a vó por uma greta, repus os nervos nos devidos lugares do corpo, esfriei a cabeça, refiz os termos da dialética comezinha, que me espezinhava, condenando-me às imerecidas penas violentas. Depois fiz em nome do pai, da mãe e das irmãs o voto de tolerância, que há de prevalecer para o resto de minha vida tão magrela.