AS MÃOS DO LENHADOR (*)
São sem poros, grosseiras, abusadas. São pedras atiradas contra os nomes diáfanos de éclogas, de epifanias, contra os tetos de um céu incolor e abaixado, mesmo ali nos sobejos da floresta. Contra os pontos de vista e de apoio da poesia original. Não são cordiais. São duronas, temidas pela fauna que perde o espaço, pela flora ferida na casca e no cerne. Estão impregnadas de fatalidade e vilania.
(*) Dos poemas de 1966.
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