terça-feira, novembro 01, 2011

CITAÇÕES CINEMATOGRÁFICAS (1)

OTTO FRIEDRICH: “Em 1939 (nos Estados Unidos) existiam mais cinemas (15.115) do que bancos (14.952). Mais de 50 milhões de americanos iam ao cinema toda semana. Havia cerca de 400 novos filmes por ano para se ver. A receita das bilheterias que jorrava em Hollywood totalizava 637 milhões de dólares. Os filmes constituíam a décima quarta industria em termos de volume (400.855.095 dólares) e a décima primeira em termos de patrimônio (529.950.444 dólares, mais que a de máquinas para escritórios, maior que as cadeias de super-mercado” (página 27). Em “A Cidade das Redes – Hollywood nos Anos 40”, tradução de Ângela Melin – editora Companhia das Letras, São Paulo, SP, 1988. CHARLOTTE CHANDLER: O diretor de filmes Billy Wilder fala de sua timidez com as belas atrizes de seus belos filmes: “Escrevo as minhas idéias e guardo-as porque não sabemos quando a musa vai nos tocar a fronte. É bom estar preparado... sempre fui um anotador” (pág.127). Na página 185 outras palavras dele: “Humphrey Bogart achava que eu amava a querida e linda Audrey Hepburn. Quem não a amava? Ela era uma criação única. Deus deu-lhe um beijo na bochecha”. Em “Ninguém é Perfeito – Billy Wilder, Uma Biografia Pessoal”, trad. de Cássia Zanoa, Edit. Landscape, São Paulo, SP, 2003. PETER BUCLKA: “Como não existe uma vida verdadeira num contexto falso, como diz Adorno, todos os personagens de Wim Wenders sofrem com essa situação, tornam-se ansiosos. Mas essa ansiedade, por sua vez, é a primeira a lhes dar forças para continuarem cultivando o sonho de uma vida verdadeira” (pag. 83). Em “Olhos Não se Compram – Win Wenders e Seus Filmes”, trad. de Lúcia Nagib, Cia. Das Letras, São Paulo, SP, 1987. THIERRY JOUSSE: “Em “FACES” (Nome do filme) uma sequência mostra Richard e Maria Forst na cama, num dueto amoroso em que os corpos entrelaçados dialogam diretamente, em que a palavra e o gesto são indiscerníveis, em que a linguagem, pelas onomatopéias ou gritinhos, retorna ao nível tátil e corporal. É o toque, o gesto, o corpo que, indo até a agressão, introduzem a comunicação imediata entre os seres” (pag. 82). Em “JOHN CASSAVETES – Biografia, Análise, Crítica e Filmografia Completa”, trad. de Newton Goldman e Tati Moraes – Edit. Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1992. OCTAVIO DE FARIA: “Bérgson chegou à seguinte afirmação categórica e definitiva: “o mecanismo do nosso conhecimento é de natureza cinematográfica”. Coube, naturalmente, aos entusiastas do cinema como nova arte tirar desse aforismo a inevitável conseqüência: queiram ou não, a expressão por imagens é, do ponto de vista da criação artística, a mais poderosa, a mais rica de todas as formas de expressão” (pag. 20). Em “A História do cinema – Uma Pequena Introdução” EDIOURO, Rio de Janeiro, 1990.