terça-feira, novembro 01, 2011

CITAÇÕES CINEMATOGRÁFICAS (3)

ALAIN RESNAIS: “Pessoalmente, não vejo grandes diferenças entre o conteúdo e a forma, pois entre um e outro aspecto se verifica uma interpenetração contínua” (pag. 31). Em “Cadernos de Cinema”, trad. de Antônio Landeira, Publicações Dom Quixote, Lisboa, Portugal, 1969. VINICIUS DE MORAIS: “Não, eu não irei ver Pier Angeli – e eis que ao afirmá-lo já me vou pierangelificando de novo. E não apenas eu, também a tarde. Ao olhar agora pela janela verifiquei que a tarde está de um grande pierangelismo, e que o seu âmbar dulcificou maravilhosamente a fisionomia antes tensa dos homens que comigo trabalham” (pag. 1810. Em “O Cinema de Meus Olhos” (organização, introdução e notas de Carlos Augusto Calil), Edit. Cia das Letras, São Paulo, SP, 1996. ORSON WELLES: “Eu não gosto de falar de meus filmes. O cinema é ingrato. É verdade que hoje em dia o diretor é considerado um verdadeiro artista, o artista com letra maiúscula, mas é um erro. São os atores que fazem um filme. Mozart, Wagner, Beethoven, Velásquez, eles sim é que são grandes artistas. Se eu fosse pintor, teria pintado milhares de telas. Como cineasta, fiz apenas treze filmes. É ridículo” (pag. 78). Em “O Pensamento Vivo de Orson Welles” (livro com a epígrafe na capa: “o trabalho é ainda o melhor antídoto contra a loucura” – Coordenação Editorial de Martin Claret, Ediouro, Rio de Janeiro, 1980. ANDRÉ BAZIN: “Nada melhor do que citar esta profissão de fé de Akira Kurosawa: “um filme de ação pode ser apenas um filme de ação. Mas que coisa maravilhosa se ele conseguir, ao mesmo tempo, pintar a humanidade! Este foi sempre o meu sonho desde a época em que eu era assistente de direção. Há dez anos desejo reconsiderar o drama antigo sob este novo ponto de vista” (pag. 187). Em “Opus 86 – O Cinema da Crueldade”, trad. de Antônio de Pádua Danesi eMaarina Appenzeller, Edit. Martins Fontes, são Paulo, SP, 1989. E. ANN KAPLAN: Citando Marguerite Duras: “por que não há escritores entre o proletariado? Por que não há músicos entre os trabalhadores? É exatamente a mesma coisa. Não há músicos entre os trabalhadores da mesma forma que não há músicos entre as mulheres. E vice-versa. Para ser um compositor, você deve ter a posse total de sua liberdade. A música é uma atividade de excesso, é loucura, uma loucura livremente consentida” (pag, 137) Em “A Mulher e o Cinema – Os Dois Lados da Câmera” (trad.de Helen Márcia Potter Pessoa, Edit. ROCCO – Rio de Janeiro, 1995. MARLON BRANDO e ROBERT LINDSEY: “De certa forma quem está na Máfia vive de acordo com um código mais severo do que o de muitos presidentes e políticos; fico imaginando o que aconteceria se, em vez de fazermos os políticos jurarem com a mão na Bíblia, exigíssemos que prometessem ser honestos sob pena de terem os pés presos em cimentos e serem atirados no Rio Potomac se não fossem. A corrupção política diminuiria sensacionalmente” (pag. 32). Em “BRANDO – Canções Que Minha Mãe Me Ensinou”, trad. de J. E. Smith Caldas, Edit. Siciliano, S. Paulo, SP, 1994. ANNE EDWARDS: “Gertrude...uma noite organizou um jantar e convidou todas as mulheres (com seus maridos) que suspeitava estarem tendo um caso com Ernest. Como era ela a responsável pela lista dos convidados nas festas, o pobre Hartley desceu para jantar despreparado para enfrentar uma sala cheia de mulheres com quem ia para a cama e um grupo de homens em quem pusera chifres. Foi uma noite que jamais esqueceu e que Gertrude lembrou-lhe com freqüência no correr dos anos. Mas isso não acabou com a sua infidelidade” (pag. 17). Em “Vivien Leigh”, trad. de Áurea Brito Weissnbreg, Edit. Francisco Alves, rio de Janeiro, 1985.