sexta-feira, novembro 25, 2011

GRATIFICAÇÕES

SESC PALLADIUM BH. A luta pela vida saudável (individual e social) é bem penosa no ininterrupto tempo brasileiro. As perguntas dolorosas pululam, sem respostas. Mas de vez em quando vem uma pausa no azáfama – e assim nos reconciliamos com o otimismo da sonhada e real beatitude. Um período excepcional de gratificações deve ser, pois, mencionado. 

É o que faço citando a homenagem que o SESC PALLADIUM, de Belo Horizonte, prestou à memória de nosso saudoso e criativo GTO – um escultor que a poeta e artista plástica portuguesa, Anna Hatherly, julga ser mais importante do que Aleijadinho, herdeiro de uma tradição estilística, enquanto que GTO era sim o original criador de uma característica formal na melhor expressão de seu pertinente conteúdo. O evento festejou duas noites de sublime evocação num local maravilhoso dos belos jogos visuais das belas artes eternas e universais. Fiquei muito emocionado diante da projeção que deram à minha participação. Meus sinceros agradecimentos à toda equipe do SESC\ BH, coordenada por Luciana Felix. 

OSVALDO ANDRÉ DE MELLO. Minha atividade literária começada na juventude, nunca sofreu quedas de continuidade. Comecei escrevendo através de lápis, caneta, passei para a datilografia e ultimamente luto com as facilidades e dificuldades do computador. Recebi outro dia, em meu blog (http://lazarobarreto.blogspot.com), que já contém mais de oitocentas inserções de texto em prosa e verso, o comentário: “Publicação legal – este é realmente um blog bacana que você faz. Continue com este bom trabalho, eu voltarei. Saudações, assinado Bily Cletus”. Sirvo-me dele e da coluna semanal do diário de nossa cidade, “Gazeta do Oeste”, para externar o que me ocorre e assedia. Tempos atrás havia mais receptividade na imprensa das grandes cidades aos autores do interior. Publicava textos em quase todos os veículos especializados do Brasil e em alguns do estrangeiro. Publiquei livro nas editoras VOZES DE PETROPOLIS e GUANABARA, do Rio de Janeiro. O Suplemento Literário do Minas, no tempo do Murilo Rubião, nunca recusou um trabalho que eu mandasse. Hoje a história é outra: as editoras preferem os autores bafejados pela mídia, mais vendáveis. Nesse longo período venho acumulando os originais de contos, poemas ensaios e romances – mais de dez volumes já digitados, robustos e inéditos. Cito estes fatos para ressaltar o belo gesto do poeta e amigo Osvaldo André de Mello, que se dispôs a publicar meu romance CANTAGALO – a Bacia das Almas, com prefácio de Irene Amaral, uma intelectual que entende de tudo e um tanto mais. Muita generosidade de ambos (Osvaldo e Irene). 

OUTROS PRESENTES. Voltei do SESC PALLADIUM com os belos e expressivos presentes: além dos belíssimos impressos de textos e informações sobre a obra de GTO: o “Um Dia a Árvore dos Sonhos Inopinados” , outro intitulado “Projeto DIGAS! Especial GTO” e o livro “GTO”, belíssimo na encadernação, na ilustração e na inserção de textos sobre a obra e a vida do escultor. Além de todas essas preciosidades, fui presenteado pelo poeta Wilmar Silva, com o livro lúdico, lírico, lindo “Arranjos de Pássaros e Flores” – e o romance de Pedro Maciel “como deixei de ser DEUS”, com ótimas referências críticas de Luiz Fernando Veríssimo, Antônio Cícero e Moacyr Scliar. 

Chegando em casa deparei com outros presentes em forma de livros: de Luiz Augusto Cassas: “A Mulher Que Matou” (poema-romance) e “A Ceia Sagrada de Míriam” (oferenda lírica) – e recebi, também, a agradável visita de Dieter Dross, escritor alemão, com a esposa e o filho de 2 anos, que vivem na Alemanha, com os livros: “A Pequena Cidade”, de Heinrich Mann, e “Herr Und Hund”, de Thomas Mann, ambos filhos de uma brasileira casada com um embaixador alemão, ainda no tempo do império. Dieter ainda teve a bondade de acrescentar o último livro de poemas-imagens dele: “Sugestões Para Pintar Sobre Paredes de Cavernas”. 
Belos e extensos momentos boa leitura me aguardam, pois. 

PAULO BARRETO LOPASSO. Na Festa do primeiro aniversario do primeiro netinho, ocorrida no mês passado na capital de São Paulo, quem ganhou o melhor presente foi o avô, eu: uma lembrança que jamais esquecerei. Indo daqui, com a família, ao chegar ao salão da festa, ele ao me ver, abriu os bracinhos, rindo, todo feliz. E recusou todas as outras ofertas de abraços e colos.... Ficou comigo a maior parte do tempo. Jamais vou esquecer a expressão de felicidade (que é uma constante em todo seu primeiro ano de vida, cercado que é de tantos carinhos) e otimismo. O leitor que me perdoe – não sei nem posso camuflar a felicidade.

1 Comments:

Blogger josé roberto balestra said...

Felicidade de avô é tão fácil de esconder como as ondas do mar...

abs

11:50 PM  

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