MONOMANIA
Do sorvedouro das desavenças e desatinos (ao calor do prélio das discórdias e contendas) ressalta, instantâneo, o chamado eterno feminino agora a erradicar ou contemporizar os ferrões sociais as implicâncias individuais, a exibir sem rodeios o sorriso franco e definido a sugerir um indício de orgasmo retardado e previsível ora ora quê bom que isto aconteça! a femininização dulcifica as agressões do cotidiano realista ameniza a rudeza das mensagens publicitárias acenam com as mãos brandas piscam com os olhos luminosos o contraponto sensual em pleno palco das escaramuças, dos prélios e velórios assim belamente (ternamente?) prometendo recompensas algures e alhures apesar das altas e prementes imposições. Assim é que se instaura (acintosamente? discretamente?) o design feminino, expondo, anunciando que além das reentrâncias e protuberâncias saborosas tudo o mais na vida é desenleado e descabido: só o abraço lânguido faz dormir e acordar? só o alento erótico abre o apetite das refeições ordinárias? ora ora a inquietação não adormece senão depois de um bom orgasmo? Viver é meter? Afinal de contas, afinal de contas por que a população do mundo cresce tanto, sem parar?
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