quarta-feira, julho 12, 2006

CÉLINE AINDA AGORA

Céline em 1932 ia até o fim da noite (ao encontro de outra noite?) pisando nas agitadas serpentes das luzes entrava no cinema sem ver qual filme passava precisava esquecer-se nas amplas e precisas coxas das mulheres de combinação. Hoje a interessante beleza é mais embaixo exposta aqui e ali nas ruas as mesmas amplas e delicadas coxas agora embrulhadas em jeans para presentes e na mirada a contra-plongé se vê no alto delas, mostradas por contraste as cabeças frágeis desenhadas na leveza dos poros e rabiscos as imprudências da beleza impúdica, como ele diria sobre as profundas harmonias profundas. - E não se há de ver que hoje, como ele em 1932, mergulhamos a cabeça quente no frio perdão de um transe (na pior das dúvidas) humanizado, adoçando a contrapartida de outras tensões, tentando assim, quem sabe? converter ao menos uma parte do mundo num átimo de finas e abençoadas indulgências. A CHAMADA GRANDE IMPRENSA É mais dócil e conveniente morar no vazio repetitivo do que inaugurar e manter uma nova estação de eventos?