sexta-feira, agosto 18, 2006

TUDO DE BOM MESMO

O desejo que vai e vem (que vai de mim e volta de você) ó lúbrica fantasia da solidão ó ínvia dublin de james joyce ó eu aí no uruquaquá e no pinhém de guimarães rosa a verve a volta da vulva à cútis o implícito cheiro da libido a espiritual carnalidade do fervor as peripécias as planícies e os planaltos das redondezas alongadas nos contornos e arredores da sede antes de entrar nas bacias e baias as redondezas dos remansos e correntezas os mundos e fundos da posse (melhor diria da possessão) de tudo de bom numa pessoa os mundos e fundos da posse instantânea e permanente do imorredouro deleite do momentoso êxtase ó vênus calíope iracema dos pequenos e grandes lábios de mel tudo de bom assim mesmo. A beijar suas axilas e virilhas aspirando os perfumes de uma súbita primavera e agora esse outro rosto a redondidade sedosa escorregadia beirando os róseos lados do declive como se furtivamente desmendasse a redondidade na linha de luz das oferendas da lícita e tácita revelação repentina e prolongada do início de um esclarecimento tão esperado e agora interligado às rutilantes obscuridades sentimentais. Ó! é a pausa entre dois acordes?