segunda-feira, abril 16, 2007

DELÍRIOS MOMENTÂNEOS

o jardim botânico nos arredores hollywoodianos de minha sonhadora juventude as charruas na várzea, o minuano na serra as estrelas em forma de rosas no brejo e na beira da linha dos artifícios o seixo e a lasca e a fagulha do lascivo olhar os sítios líticos ao longo da bacia do rio das almas ainda vivas de finados amantes os artefatos mais íntimos disparados pelos olhos apreensivos e prendedores de Ida Lupino, estrela mais importante daquele céu, que era aquele filme de beijos e abraços dela, que eu recebia sem devolver as conchas de moluscos de água doce as curvas de níveis dos poros nos meados erógenos a etnografia dos parágrafos no livro aberto do corpo revestido de legítima nudez a fisiologia dos sítios crepitantes as bocas de lábios telhadinhos no sentido horizontal mais em cima no sentido vertical mais embaixo os ângulos nos extremos da puberdade os ícones selecionados pela ênfase libidinal e o manjar exposto a céu aberto.

1 Comments:

Anonymous Lázaro Barreto said...

comentário do próprio Lázaro: "não sou perito nem assíduo em internet.Sou da época da datilografia pura e simples. Disponho de pouco tempo. Mas sou muito feliz, apezar dos parcos resultados".

7:38 PM  

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