terça-feira, setembro 23, 2008

RESSONÂNCIAS (*)

De repente a poesia é de uma leveza praticável (fios de painas no ar luminoso, respingos de novas luas nos velhos escuros). Os poemas são curtos e breves, bailam nos olhos do leitor, cantam nos ouvidos do leitor, passam depressa e depressa voltam, ubíquos nas páginas da noite, melodiosos no turbilhão da noite, São rapidamente legíveis? Demoradamente plausíveis? O leitor sente que cada um vai e volta. Sente que cada um estará sempre ali no meio da noite. Bem dentro de quem ele é ele, o poema? Dentro de quem encontra ressonância! “O anjo da terra no ventre único No baú de veludo O findo ano Sem censura.” 

(*) Escrito depois de ler CENÁRIO NOTURNO (Poesia), de Andréia Donadon Leal, Editora Aldrava Letras e Artes, Mariana, MG, 2007.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Muito honrada, agradeço o poema Ressonâncias, feito pelo grande escritor, Lázaro Barreto.
Seu texto é magnânimo e enrique o Cenário Noturno.

Minha admiração e agradecimento,

andreia donadon leal

4:51 PM  

Postar um comentário

<< Home