RESSONÂNCIAS (*)
De repente a poesia é de uma leveza praticável (fios de painas no ar luminoso, respingos de novas luas nos velhos escuros). Os poemas são curtos e breves, bailam nos olhos do leitor, cantam nos ouvidos do leitor, passam depressa e depressa voltam, ubíquos nas páginas da noite, melodiosos no turbilhão da noite, São rapidamente legíveis? Demoradamente plausíveis? O leitor sente que cada um vai e volta. Sente que cada um estará sempre ali no meio da noite. Bem dentro de quem ele é ele, o poema? Dentro de quem encontra ressonância! “O anjo da terra no ventre único No baú de veludo O findo ano Sem censura.”
(*) Escrito depois de ler CENÁRIO NOTURNO (Poesia), de Andréia Donadon Leal, Editora Aldrava Letras e Artes, Mariana, MG, 2007.
1 Comments:
Muito honrada, agradeço o poema Ressonâncias, feito pelo grande escritor, Lázaro Barreto.
Seu texto é magnânimo e enrique o Cenário Noturno.
Minha admiração e agradecimento,
andreia donadon leal
Postar um comentário
<< Home