terça-feira, março 09, 2010

ENTREVISTA CONCEDIDA Á TV PITÁGORAS

A minha coleção de (apenas) quinhentos e poucos números do Jornal PASQUIM tem sido motivo de muito interesse dos freqüentadores de meu blog (http://lazarobarreto.blogspot.com) e, agora, para minha surpresa, foi motivo de interesse, também, da TV Pitágoras, na qual tive o prazer de conceder uma entrevista, mostrando meu conjunto das já históricas peças de um jornalismo exemplar no contexto da imprensa brasileira. Portador de um humorismo um tanto e quanto diferente e sério, sabia atrair o leitor, convencendo-o a exorbitar das ilustrações chamativas para reter intimamente o conteúdo e assim participar da parte reflexiva e pensante de uma humanidade consciente de suas propensões e convicções. À guisa de acrescentar alguns pontos do que, ao vivo, será apresentado pela referida TV, alinho abaixo outras informações. LINHA EDITORIAL. Apresentava a sanguinária contenda entre o terrorismo praticado pelas partes rivais do tacão da repressão e dos “atentados” dos militantes da esquerda política. Além disso os textos tratavam de outros aspectos da sociedade, primavam pela rigidez formal e conteudística, enfatizando a verdade e a beleza da vida , depreciando o engodo e a feiúra dos seres humanos no mundo contemporâneo, em termos de individualidade e de sociabilidade. A PATOTA DO PASQUIM. - Millôr Fernandes – o mentor e organizador polivalente, líder moral e intelectual. - Jaguar e Ziraldo: cartunistas do choque visual, inventivos e destemidos. - Henril – cartunista refinado, de traço hábil, ideologicamente persuasivo. - Maciel – autor de textos de tendência zen e hypies, muito em moda nos chamados “anos de chumbo”. - Paulo Francis – dono de um ego titânico e assumido, raciocinava em blocos, ao que parece. - Ivan Lessa: tremendo gozador, de palavra ágil e abrangente. - Sérgio Cabral (o pai): perito e sagaz na apreciação da musica popular. - Flávio Rangel – especialista em teatro. - Fausto Wolff – uma espécie de paulo francis amaneirado. - Newton Carlos – crítico objetivo da política internacional. - Sérgio Augusto – especialista em crítica de filmes. - Armindo Blanco – a sabedoria em pessoa. - Olga Savary (esposa do Jaguar) criadora das Dicas do Pasquim. AS ‘VÍTIMAS’ MAIS CONTUMAZES. - A ditadura militar como um todo. - A nudez feminina (colírio para os olhos?). - Flávio Cavalcanti, a grosso modo. - Sílvio Santos, idem idem. - Pelé, a desmistificação. - Simonal, a suspeita de delação. - Os machões chovinistas – a fajuta masculinidade. - O jornalismo governista da Globo. - O abominável esquadrão da morte. - O sempre asqueroso Paulo Maluf. - Os Atos Institucionais do Regime Militar. - Os despudorados “depufedes” da época. - O festival de besteira que assolava o país. - etc, etc, etc.... OS ÍCONES CONTUMAZES. - A Patota do Pasquim. - A editora do Pasquim CODECRI (“Comitê de Defesa do Crioléu”). - As Certinhas do Lalau. - As estrelas do cinema.do teatro e da música. - Carlos Drummond de Andrade. - Dorival Caymi. - Oscar Niemayer e Lucio Costa. - Tancredo Neves. - Ulisses Guimarães e Miguel Arraes. - As Diretas Já! - A Bossa Nova e Seus Ícones. - A redemocratização. - Nelma Quadros, a secretária administrativa da Redação. Uma figura saudável e respeitável. Agendava as famosas ENTREVISTAS, nas quais toda a Patota participava, com as perguntas, ilações, gozações. eraa mais ou menos assim que a Patota agia nas entrevistas: sempre cotucando, insinuando, desafiando, convivendo em efusões e atritos com as figuras proeminentes da política, do futebol, da literatura e das artes em geral – principalmente ao redor das mulheres, ah as mulheres! Elas ilustram as melhores páginas de todos os números – as estrelas do céu e da terra? Temos a observar, finalmente, que o Brasil de hoje está necessitando, e muito!, de um jornalismo assim ao mesmo tempo instrutivo e cativante, para ridicularizar, no mínimo, o festival de roubalheiras que assola o país.