ALICE NO ESPELHO DAS MARAVILHAS
Os olhos fixos nos alvos adjacentes. Os ouvidos atentos aos sons pertinentes. Assim a escuridão e o silêncio serão afugentados e o que brilha equilibra o ritmo e a melodia das esferas próximas e distantes. A chama infantil que tanto amamos continua luzindo vida afora, vida adentro. O inverno aglutina as noites numa parede escura, ao mesmo tempo inamovível e diáfana. A vida é boa quando é um sonho, e péssima quando vira um pesadelo. Ela sorria, mirando-se no espelho. Sua alegria ia aos cantos da boca, que se abria e alongava. E os cantos da boca quase se encontravam na nuca. Era toda sorrisos a inventar sonhos, nos quais inventava os sonhos das pessoas amigas de sua eterna infância.
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