POEMA EM PROSA (cacofônico)
Quem, diante dos últimos acontecimentos apocalípticos, anda decepcionado, carcomido? Oh! Não custa nada tentar o lembrete do big-bang, após o qual o ser humano da atualidade não passava de um anfíbio, que a muito custo atravessou a areia, chegou ao mato, subiu na árvore... Quem diria? Quem diria que depois de subir na árvore e voar, agora corta sem dó e sem piedade a mesma árvore da vida? Pois é assim que é hoje em dia. Falam tanto no fim do tempo humano... Tanto mas não tanto? Vale a evocação da clarividência de Darwin e de sua teoria da evolução, segundo a qual a terra gira em torno do sol e não o contrário, como era até então propagado... Ah! Segundo a mesma teoria o mundo tem muitos bilhões de anos e a vida útil do sol ainda vai permanecer cintilante outros bilhões de anos... Tranquilizemos-nos, pois! Daqui até lá (quatro bilhões de anos, mais ou menos?), seremos diferentes do que somos hoje... Diferentes? Melhores? Piores? Optemos pela primeira hipótese, ou seja, despojados de inveja, de egoísmo, de hipocrisia e de violência, providos de fé no amor, despojado das armas do ódio e liberados das facções corruptas, providos de música ao falar, de paladar ao comer e munidos da santa consciência ao agir socialmente... Ah! Aí sim! Aí então o subsolo, a face e o ar do planeta não terão lugar para a poluição do chão e da atmosfera, a tecnologia do mal, a desintegração do átomo, o diabo a quatro.... Tomara que assim seja (perdoe a cacofonia) já!
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