quinta-feira, julho 08, 2010

FATOS E COMENTÁRIOS

A Vitalidade Sustentável do Planeta. Diante da constatação de que as mulheres de hoje estão controlando a natalidade, no afã de conceberem apenas dois filhos per capita, a revista VEJA de 07/07/2010 retrata a demografia com a reportagem “O Mundo Salvo Pelas Mulheres”, citando o vaticínio de Thomas Malthus de que a humanidade não se sustentaria ao longo do tempo “com gente de mais e comida de menos”. Isso ele afirmou em 1798, mas hoje o retrato planetário está menos ameaçado de ruína, face aos novos dados estatísticos relacionando “a emissão e consumo do dióxido de carbono (principal gás causador do aquecimento global): metade das emissões no mundo é produzida por apenas 7% da população, justamente nos países mais ricos”, ou seja, “as emissões de um americano equivalem a de quatro chineses, vinte indianos, quarenta nigerianos e 250 etíopes”. Daí a conclusão inequívoca de que a sobrevivência da vida no planeta só será tranqüila se os ricos aprenderem com os pobres em muitas questões, principalmente nesta. Inundações Catastróficas. Sobre as inundações no Nordeste, a urbanista titulada Fátima de Gusmão Furtado critica os governos politiqueiros que fazem obras públicas para obter votos eleitorais – e deixam de fazer conservações nas mesmas porque isso não dá visibilidade eleitoral. “Não adianta fazer as obras se elas não forem bem conservadas. Precisamos criar a cultura da conservação nas cidades e nos estados”. Nossa Divinópolis é um dos maus exemplos: as ruas e o esgoto a céu aberto que é o rio estão sempre em petição de miséria. Clama aos céus e aos poderes públicos – e ninguém atende. As precariedades propiciam o fenômeno atmosférico, que “além das enchentes”, ela acrescenta, “deixou 26 mil desabrigados no Rio Grande do Norte, 25 mil no Maranhão, 17 mil no Ceará, 40 mil em Alagoas e 6 mil no Piauí”. Absurdo ainda maior é o do descaso dos (dês)governantes para com os habitantes. Os dados sobre as vítimas é do escritor Raimundo Carreiro,: “Não é exagero dizer: o Nordeste está nu. Mas não fechem os olhos, por favor”. As citações desta nota foram favorecidas pelo caderno “Aliás” do jornal “Estado de São Paulo” de 03/07/2010. BH Violenta. Quando lembro da cidade de Belo Horizonte de minha adolescência, que vivi lá, fico estarrecido com a situação que hoje prepondera, lá. Da cidade amável e pitoresca, pacífica e poética, passou a ser a metrópole entupida de automóveis e de pessoas, muitas das quais deselegantes, deseducadas e mal-encaradas, mormente em muitas das ruas centrais e periféricas. Uma cidade que se tornou perigosa, sem dúvida. E pensar que eu, dos 12 aos 18 anos, passeava no centro e nos bairros em todas a horas de folga que obtinha, depois das jornadas de trabalho diurno e de estudo noturno. Conheci todos os bairros da época, indo e voltando de bonde em bonde daqueles lugares e tempos tão aprazíveis. Sentir que hoje é palco de crimes escabrosos é de chocar o coração. Ainda possui seus recantos bucólicos, que ainda conservam uma boa distância dos limites intoleráveis. Mas seus pontos e picos nevrálgicos e ferinos abrem manchetes nos jornais, manchando sua boa tradição como palco de crimes hediondos. Um empresário realiza uma festa num apartamento de luxo na zona nobre da cidade e, em certo momento, esfaqueia, mata e corta as cabeças de dois convidados, separando-as das outras partes dos corpos. Depois o noticiário novamente enlameado do sangue de sete mulheres estupradas e assassinadas por um tarado com requintes de satânica crueldade. E agora vem a tragédia da moça seduzida, engravidada, abandonada, castigada e, segundo a imprensa dos dias que correm, assassinada, esquartejada, desossada e com (ah, é até horrível de escrever e de ler) outros pormenores da infâmia. Penso até que o Diabo, como é geralmente pintado, é fichinha perto dos hediondos autores de crimes tão macabros como os citados neste texto (melhor diria neste clima fedendo a chifre (demoníaco) queimado. Perdão, leitores.

1 Comments:

Blogger Evaldo said...

Não sou de Belo Horizonte, mas como bom mineiro do interior, compartilho contigo o mesmo olhar de alegria quando visitava a nossa capital tranquila há anos atrás. Chegava a ter orgulho dela. Hoje, infelizmente, a vida urbana exige muito mais precaução em viver na cidade, principalmente nas grandes.

3:18 AM  

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