A VIDA E O MUNDO
Quem nasceu primeiro, a Vida ou o Mundo? O ovo ou a galinha? Onde se esconde o bicho da goiaba quando não é tempo de goiaba? Perguntas retóricas. Respostas evasivas? O melhor da festa é esperar por ela, o melhor do Mundo é a Vida. Para quem tem consciência de si mesmo, cada pergunta é uma resposta. Ou não? É sim, mas há controvérsias.... A origem da Vida, segundo Herton Escobar (jornal “Estado de São Paulo”, edição de 06/06/2010), que transcrevo a meu modo, ou seja, sem as reticências da literalidade, mas com a consciência da fidelidade: - Todos os seres vivos possuem DNA,ou seja, todas as espécies do planeta originaram-se de um ancestral comum a cada espécie, isso em bilhões de anos atrás. - Meteoritos microscópicos caem continuamente na Terra, sem sofrer superaquecimento na atmosfera. Se portarem bactérias, eles podem sobreviver. Em contato com água líquida e temperatura adequada, as bactérias reidratadas voltariam a se proliferar, semeando a vida no planeta. - Teoria da Pauspermi, segundo a qual a Vida pode não ter se originado na Terra, mas em outro ponto do Universo, e caído aqui já pronta, trazida por um cometa, meteorito ou coisa parecida. - “Nossos ancestrais genéticos ainda se escondem entre as estrelas”. - É possível mostrar que cometas em órbita ainda carregam vida microbiana, e que micróbios continuam a ser introduzidos na Terra por cometas até os dias de hoje. - “Vemos o objeto iluminado e não a luz” – assim Goethe, poeta iluminado, assegura.
- Segundo Willian Faulkner (que todo ano relia o romance “Moby Dick”, de Herman Melville), os três personagens Ismael, Queequeg e Ahab, representam a trindade da consciência: o não conhecer, o conhecer sem problemas, e o conhecer problemático.
- Sempre que a neurastemia da depressão me atacava e a alma hibernava do corpo apático, eu dava um jeito de fugir para os longes do mato e assim proteger-me junto aos seres mais verdes, que logo me consolavam, rejuvenescendo-me.
- Como Melville, que gostava de navegar em mares perigosos e desembarcar em praias selvagens, eu também gosto de chegar aos lugares aparentemente fechados, realmente inusitados.
- Os brancos cristãos eram piores do que os pagãos da ilha selvagem, reconhecia Melville.
- “Eu agrediria mesmo o sol se ele me insultasse” – é o que afirma um dos marinheiros do livro.
- “Eu já ia célere pelos rios impassíveis,
não me sentia mais guiar pelos sirgadores.
Deles fizeram alvo os índios irrascíveis,
depois de os atar, nus, aos postes multicores”.
(assim poetava lindamente Artur Rimbaud, no antológico poema “O Barco Doido, tradução de Augusto Meyer).
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