domingo, julho 18, 2010

MANSUETUDE

(À I. B. B.)

Vendo-a assim pousada em sua cálida mansuetude, 
imagino-a depois com os ânimos libidinosos acirrados, 
a alma translúcida no corpo incendiado, 
a tessitura plasmática enriquecida 
na tórrida encarnação dos prazeres incontidos, 
na beira da morte e da vida, 
no maior esplendor possível 
(ápice da felicidade instantânea): 
flores frutíferas criando raízes mnemônicas 
para todo o sempre da particularidade vitalícia.... 
Assim os louros excepcionais (imerecidos?) 
perfazem a lonjura aproximativa 
de uma protofonia paradisíaca além do bem e do mal: 
o amor do amor!