terça-feira, dezembro 21, 2010

O PRIMEIRO AMOR

Mesmo longe na infância, ela está perto na velhice. Seu vulto minúsculo e ávido, vem ao meu encontro, engrandecendo-se, ávido. Nas dobras translúcidas entre o olvido e a memória, posso beijar-lhe os olhos, apertar suas mãos, apalpar seus anseios. Posso também (ó lucidez!) ouvir suas palavras obscuras, entre as pausas acalentadas de seu luminoso silêncio.