sábado, abril 01, 2006

OS VINTE E QUATRO ANCIÃOS DO APOCALIPSE

(Seriam os autores do Velho Testamento?)

“Conheço as tuas obras, sei que não és frio nem quente. Oxalá foras frio ou quente. Mas, porque és morno (nem frio nem quente), vou vomitar-te da minha boca”. Apocalipse de S. João 3-15 e 16. Assim está escrito na Bíblia, e é o que as pessoas, letradas ou não, costumam dizer quando o assunto entra no terreno das certezas e das verdades religiosas. Assim é, porque assim estava escrito,como se diz. Daniel na cova dos leões, Noé na Arca do dilúvio, três jovens na fornalha acesa, Jonas na barriga do animal marinho, Rute colhendo as espigas na roça dos gentios. Ler o Livro Sagrado é entrar no maravilhoso templo da fé, do amor, da aprendizagem e da elevação. É o livro por excelência, o livro dos livros, desdobrado em 73 livros: 46 do Antigo Testamento e 27 do Novo, divididos em quatro classes temáticas: as leis, as profecias, os históricos, os didáticos. É a base e a extensão da doutrina cristã, a história, a crônica e a profecia de quase toda a religiosidade humana dos últimos vinte séculos. E é, também, a fonte pura e fértil e abundante da obra de arte dos grandes criadores : de Paulo de Tarso a Machado de Assis, passando e brilhando em todos os estilos de época na literatura, na pintura, na escultura, na arquitetura, no teatro e no cinema. Na primeira vez que li o Livro do Apocalipse de São João, fiquei interessado na repetida menção dos vinte e quatro anciãos sentados em volta de alguém “no aspecto semelhante a uma pedra de jaspe e de sardônica”, cingido por um arco-íris de esmeralda. Os anciãos, vestidos de roupas brancas, traziam nas cabeças coroas de ouro, estavam sentados em seus tronos, diante dos relâmpagos, das vozes e dos trovões que partiam do trono central, diante do qual sete lâmpadas que representavam os sete espíritos de Deus ardiam diante de um mar de vidro e cristal, onde repousavam quatro animais cheios de olhos. “Os vinte e quatro anciãos prostram-se” (assim dizem os versículos 10 e 11 do capítulo quatro do referido livro) “diante do que está sentado no trono e adoram o que vive pelos séculos dos séculos, e lançam as suas coroas diante do trono, dizendo: Tu és digno, ó Senhor, nosso Deus, de receber a glória, a honra e o poder, porque criaste todas as coisas, e pela tua vontade é que elas receberam a existência e foram criadas”. E no versículo seguinte (o quinto) está bem escrito: “E vi na mão direita do que estava sentado sobre o trono um livro escrito por dentro e por fora, selado com sete selos.” Aí começa a história apocalíptica da abertura do livro e da quebra dos sete selos que guardavam os símbolos da divindade materializada, através do que era ao mesmo tempo o cordeiro de Deus e o leão de Judá, ou seja, Jesus Cristo. Dentro dos quatro primeiros selos saltaram os quatro cavaleiros em seus coloridos animais, portando as armas da peste, da fome e da guerra; no quinto selo, as almas penadas; no sexto, o terremoto (“o céu recolheu como um livro que se enrola e todos os montes e ilhas foram tirados de seus lugares”); no sétimo e último selo, o silêncio do céu que precede novos abalos sísmicos e depois o toque das trombetas, os áis de uma águia e a praga dos gafanhotos, até que surge um anjo com um pequeno livro (o Novo Testamento), que anuncia o novo tempo do reino de Deus neste mundo, que vem a ser o de “Nosso Senhor e do seu Cristo”. Aí os vinte e quatro anciãos, que estavam sentados em seus tronos, prostram-se novamente, dizendo: “Graças te damos, Senhor Deus Onipotente, que és e que eras, porque assumiste o teu grande poder e reinaste”..., e “então abriu-se o templo de Deus, e do céu, e apareceu a arca de sua aliança no seu templo...”. A menção dos Anciãos é repetida do capítulo 4 ao 12 nas páginas 467 a 477 da edição da Tipografia Minerva, Portugal, 1956, tradução do Pe. Matos Soares. Algum tempo depois, relendo o Velho Testamento, fui contando um a um os nomes dos autores e cheguei, de um a um, ao total de vinte e quatro, incluindo aí um de nome desconhecido. Então pensei se a menção repetitiva do Evangelista São João não seria uma homenagem póstuma a seus colegas-escritores-antepassados, os autores bíblicos do Velho Testamento.... Não me contive no interesse e alinhei, conforme abaixo, os nomes dos vinte e quatro autores dos 46 livros. Ei-los, os Autores, os Profetas (os Anciãos?): 1 – MOISÉS, que escreveu o Pentateuco, ou seja, os livros Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, nos quais conta a história da criação do mundo ataé a entrada dos israelitas na Terra da Promissão. 2 – JOSUÉ, que narra a conquista da Palestina e sua divisão entre as Dozes Tribos de Israel, autor do livro que tem seu próprio nome. 3 - SAMUEL, autor de outra série de livros: Juízes, Rute, Samuel I, Samuel II, Reis I, Reis II, Crônicas I, Crônicas II, nos quais descreve e narra a edificação do Reino e a organização da vida familiar dos israelitas. 4 – AUTOR DESCONHECIDO dos livros Esdras, Neemias, Judite, Ester, Eclesiático, Macabeus I e Macabeus II, nos quais se contam as histórias (as proezas e revezes): de uma viúva que mata o opressor e liberta o povo judeu; de uma rainha judia que vivia na Pérsia e que intercede a favor de seu povo; da restauração da comunidade israelita na Palestina depois do cativeiro da Babilônia; da saga das lutas contra os reis da Síria em defesa da religião e da liberdade da pátria. 5 – TOBIAS, que no livro que se intitula com seu próprio nome escreve a narrativa das provações familiares dos hebreus, realçando a inquebrantável fidelidade deles a Deus. 6 – JOB, que escreveu um dos mais belos poemas escritos pelas mãos do ser humano. 7 DAVID, autor dos Salmos, hinos sagrados por meio dos quais o povo louva o Deus da verdade e da beleza . 8 – SALOMÃO, filho de David, autor da tetralogia: Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos e Sabedoria: instruções sobre a ciência dos bons costumes, exortações ao bom comportamento, poesia da alma e do sentimento e da sensualidade da natureza. 9 - ISAIAS: autor das profecias da vinda de Cristo e as denúncias dos erros dos israelitas. Considerado pelo estilo literário o mais elegante de todos os livros bíblicos. 10 – OSÉIAS escreve as profecias dos castigos e das recompensas no Reino de Messias (Jesus Cristo). 11 – JOEL escreveu a profecia da descida do Espírito Santo sobre a Igreja de Cristo. 12 – AMOZ escreve as profecias das calamidades consequentes da idolatria e da corrupção moral das tribos de Israel. 13 – JEREMIAS, autor das Profecias de Jeremias ,dos Trenós ou Lamentações de Jeremias, e Baruch: poemas sagrados que lamentam a destruição da cidade santa e a extrema miséria do povo de Deus, e exortam à penitência para a remissão dos pecados. 14 – EZEQUIEL, autor de profecias dolorosas e autobiográficas. Foi martirizado no cativeiro da Babilônia. 15 – DANIEL, autor da autobiografia do profeta cativo na Babilônia, onde gozava de boa reputação, conseguindo do rei Ciro que os compatriotas voltassem a Jerusalém e reedificassem a cidade e o templo. 16 – ABDIAS – escreveu as profecias da ruína da idolatria e a glória do reino de Cristo. 17 – JONAS, autor autobiográfico da estadia no ventre da baleia, que simboliza a ressurreição de Cristo. 18 – MIQUÉIAS, profetizou, em seu livro, de forma clara, o lugar onde Jesus deveria nascer. 19 – NAUM: Nínive perecerá e Israel será salvo, ele predisse. 20 – HABACUC profetizou a libertação do gênero humano por Cristo. 21 – SOFONIAS escreveu as profecias da conversão dos gentios e dos progressos da era cristã. 22 – AGEU, autor da exortação ao povo para a reedificação do templo de Jerusalém. 23 – ZACARIAS, o que escreveu sobre Jesus, muito antes Dele vir, e é tão espontâneo, crível e claro, que dá até a impressão de ser parte do Novo Testamento. 24 – MALAQUIAS descreve a ingratidão, o castigo e o perdão referentes aos judeus daqueles tempos. ADENDO: este texto é um exercício de livre expansão da curiosidade de um simples leitor dos livros sagrados. Infelizmente, por carência de possibilidade prática, não apresenta o valor e o peso, mesmo polêmicos, do resultado de uma pesquisa científica.E quem sabe, por isso mesmo, possa merecer um esclarecimento objetivo por quem de direito?

7 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Sr. Barreto quero crer que sejas um homem de fé!
É importante ressaltar que a Bíblia é um livro escrito em muitos versiculos por parabolas.Numeros, citaçoes, animais, etc, são utilisados para mostrar de maneira não clara as verdades dívinas.
Como a própia bíblia diz"para que vendo e ouvindo não entendam".

Para que de fato nós não venhamos nos exaltar de adquirir conhecimentos simplismente por estudo da mesma(bíblia).
Sabemos nós que uma mesma citaçao bíblica pode ser interpretada por diversas religioes como verdades distintas e portanto com conceitos diferentes.
Eu tambem já me questionei se os mesmos vinte e quatro anciaos não poderiam ser homens ou mulheres que passaram pela história dando sua contribuição de amor e bondade para com a causa dívina, assim como tambem os escritores dos livros bíblicos o fizeram.
Poderiamos citar ai, os profetas e tantos outros também citados na bíblia.
Conferindo uma coisa e outra, minha opinião é a seguinte:Leia a Bíblia com fé e humildade, jejuando e orando pedindo a Deus que haja iluminaçao para com as verdades escritas no sagrado livro, que com certeza a verdade lhe iluminará! Um Abraço e Boa Sorte! Que Deus te Ilumine, Gera Nunes!

2:03 AM  
Anonymous Anônimo said...

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12:43 PM  
Anonymous Anônimo said...

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9:49 PM  
Anonymous Asafe said...

Tio, os 24 anciãos são querubins.
Não vê que que a função deles é adorar a Deus?

1:11 AM  
Anonymous samuel said...

dr. Lazaro Barreto,e fundamental o minucioso estudo que fizeste,ao interpletar de maneira simplificada aquilo que e de maior importancia,pois tudo o que explicou,e verdadeiramente intelectual,mais como vc eu,tambem pesquiso e equilato muitas coisas,e em parte alguns dizem,uma coisa e outros dizem outras,mais sua pesquisa e ate louvavel pois com essa ja tenho mais de 4 interpletaçao dos 24 ancioes do apocalipse,porem nao aponto,quem e a verdadeira resposta de quem seria os 24 anciaos......

3:24 PM  
Blogger isso não tem importância said...

24 anciãos 24 era o numero do turno dos sacerdotes do antigo Israel instituído por Davi, ja no novo testamento no livro do Hebreus todos na primeira carta de pedro é revelado que somos como igreja o sacerdócio real e eleito, o número 24 tambem pode ser a soma dos nomes das tribos de israel e dos doze apostolo escrito no final do Apocalipse, e a de serem anciões reavalanos a biblia que tanto no novo como no velho testamento eles entram na estrutura de ambos, então a suma é saõ representates simbólicos do velha e da nova alinça, por que todos são ancião? porque Deus ve a ´fe de todo o seu povo que igual valor e tantos homens e mulheres constituem um povo só, lembrese é somente nessa visão ds coisas futuras que eles são visto, então portanto eles estão represntanto a totalida da igreja arrebatada e glorificada, ESPERO TER AJUDADO

7:39 PM  
Anonymous Claudio said...

24 anciãos 24 era o numero do turno dos sacerdotes do antigo Israel instituído por Davi, ja no novo testamento no livro do Hebreus todos na primeira carta de pedro é revelado que somos como igreja o sacerdócio real e eleito, o número 24 tambem pode ser a soma dos nomes das tribos de israel e dos doze apostolo escrito no final do Apocalipse, e a de serem anciões reavalanos a biblia que tanto no novo como no velho testamento eles entram na estrutura de ambos, então a suma é saõ representates simbólicos do velha e da nova alinça, por que todos são ancião? porque Deus ve a ´fe de todo o seu povo que igual valor e tantos homens e mulheres constituem um povo só, lembrese é somente nessa visão ds coisas futuras que eles são visto, então portanto eles estão represntanto a totalida da igreja arrebatada e glorificada, ESPERO TER AJUDADO

7:39 PM  

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