JOSÉ APARECIDO DE OLIVEIRA
Numa das concorridas festas de aniversário do já saudoso jornalista, político e homem de bem, José Aparecido de Oliveira (que sempre, generosamente, me distinguia pelo mesmo convite que mandava, aos seus diletos amigos de toda parte), que eram em essência uma bela e caprichada confraternização entre os amigos da boa política, da boa literatura e do bom jornalismo brasileiro, tive o prazer de homenageá-lo pelos setentanos que então fazia, com uma tentativa de poema que está inédito até hoje (antes o Suplemento Literário do Minas Gerais solicitava e publicava meus textos. Hoje não solicita e quando mando não publica. Mudei eu ou mudou o jornal?).
O poema que tem justamente o título “NA CASA DOS SETENTA – a José Aparecido de Oliveira”, ilustra agora a minha pálida mas sincera homenagem póstuma, nas linhas abaixo:
Parabéns!
O timbre e o vínculo da poesia nas dobras da política,
da política nas obras da poesia;
a fé que empunha a bandeira da lutada cidadania
é a mesma que hasteia e desfralda as bandeiras
da natureza e da civilização.
Feliz Aniversário!
O assédio da beleza, o abre-alas da verdade,
o território enfeitado de hinos e caminhos;
que pelo menos a água volte às minas para lavar
o brio dos corações,
não apenas no país das gerais,
mas em todo continente;
que as carrancas do Rio São Francisco conjurem
as caretas dos ímpios,
que tentam envenenar os mananciais sacralizados;
que os mimos da sempre-viva nas campinas onímodas
façam da companhia da força e da luz
uma luminária das salvaguardas locais e nacionais;
que o mestre da mineiridade receba de bom grado
os abraços multiplicados de seus amigos.
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