quarta-feira, outubro 24, 2007

JOSÉ APARECIDO DE OLIVEIRA

Numa das concorridas festas de aniversário do já saudoso jornalista, político e homem de bem, José Aparecido de Oliveira (que sempre, generosamente, me distinguia pelo mesmo convite que mandava, aos seus diletos amigos de toda parte), que eram em essência uma bela e caprichada confraternização entre os amigos da boa política, da boa literatura e do bom jornalismo brasileiro, tive o prazer de homenageá-lo pelos setentanos que então fazia, com uma tentativa de poema que está inédito até hoje (antes o Suplemento Literário do Minas Gerais solicitava e publicava meus textos. Hoje não solicita e quando mando não publica. Mudei eu ou mudou o jornal?). 

O poema que tem justamente o título “NA CASA DOS SETENTA – a José Aparecido de Oliveira”, ilustra agora a minha pálida mas sincera homenagem póstuma, nas linhas abaixo: 

Parabéns! O timbre e o vínculo da poesia nas dobras da política, da política nas obras da poesia; a fé que empunha a bandeira da lutada cidadania é a mesma que hasteia e desfralda as bandeiras da natureza e da civilização. Feliz Aniversário! O assédio da beleza, o abre-alas da verdade, o território enfeitado de hinos e caminhos; que pelo menos a água volte às minas para lavar o brio dos corações, não apenas no país das gerais, mas em todo continente; que as carrancas do Rio São Francisco conjurem as caretas dos ímpios, que tentam envenenar os mananciais sacralizados; que os mimos da sempre-viva nas campinas onímodas façam da companhia da força e da luz uma luminária das salvaguardas locais e nacionais; que o mestre da mineiridade receba de bom grado os abraços multiplicados de seus amigos.