DEPOIS DE LER ATAS POEMAS (*)
Há um lugar no Rio de Janeiro,
todo sábado em Ipanema,
em que o livro é o autor
e este é o poema.
Todas as bibliotecas são vivas,
e a mais é a de Plínio, o Moço:
tem o livro e o seu autor,
cada um de alma e osso.
E Homero vivo e Drummond
e todo o cordel da humanidade.
O livro de corpo inteiro, bom
como a fala da liberdade.
Ao Plínio Doyle louve-se
a construção desse forte.
Entre o mar e a montanha:
os gigantes de todo porte.
(*) O texto acima (uma tentativa de poema?), tirado do fundo da gaveta, foi por mim perpetrado quando mantinha a luminosa correspondência com o saudoso Carlos Drummond de Andrade, que era um dos participantes das sabatinas na famosa biblioteca de Plínio Doyle.
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