domingo, julho 06, 2008

DEPOIS DE LER ATAS POEMAS (*)

Há um lugar no Rio de Janeiro, 
todo sábado em Ipanema, 
em que o livro é o autor e este é o poema. 

Todas as bibliotecas são vivas, 
e a mais é a de Plínio, o Moço: 
tem o livro e o seu autor, 
cada um de alma e osso. 

 E Homero vivo e Drummond 
e todo o cordel da humanidade. 
O livro de corpo inteiro, bom como a fala da liberdade. 
Ao Plínio Doyle louve-se a construção desse forte. 
Entre o mar e a montanha: os gigantes de todo porte. 

(*) O texto acima (uma tentativa de poema?), tirado do fundo da gaveta, foi por mim perpetrado quando mantinha a luminosa correspondência com o saudoso Carlos Drummond de Andrade, que era um dos participantes das sabatinas na famosa biblioteca de Plínio Doyle.