terça-feira, janeiro 26, 2010

ARTE E RECREAÇÃO

I - ARTE Há mais de 40 anos que vivo em Divinópolis e só agora, neste janeiro, é que revejo o grande público aficcionado da arte e da cultura participar (e vibrar) diante de espetáculos transcendentes – o que o primeiro Festival de Música de Divinópolis, mentalizado e organizado por Walter Caetano, Mayra Belém e Equipe, conseguiu evocar e até, quem sabe, superar as memoráveis Semanas de Arte da década de 70, mentalizadas e organizadas pelas equipes dos redatores do jornal literário AGORA e dos líderes da antiga UED (União Estudantil Divinopolitana). A comparação pode até ser um tanto precária, levanto em conta que hoje a cidade dispõe de condições instrumentais (palcos, mídia, informática, tecnologia) inexistentes naquela época. O que agora vimos e aplaudimos: óperas, concerto de violões, de piano e de violino e de viola, cantatas, música de câmara, corais e recitais de canto lírico, foi a mais lídima expressão de obras consagradas em todo o mundo como resultados de sublimes experiências do ser humano. Isto mesmo. Sentimo-nos como se estivéssemos diante dos palcos de Belo Horizonte e de São Paulo, locais brasileiros privilegiados em tais gêneros de espetáculos especializados. E toda a bela performance deve ser creditada a Walter Caetano, um produtor cultural de mão cheia, como se diz. Que atentou esteticamente para os detalhes e para os aspectos genéricos de cada espetáculo. E que soube utilizar a verba do poder público através da Lei Rouanet (de Incentivo Cultural) , repassando ao público o fruto do dispêndio, amplamente, considerando que é o esforço do trabalho humano que leva à felicidade mais autêntica de nossa vida. O lazer sublimado pelo enriquecimento pessoal (íntimo) de cada individualidade da gama social. Walter é compositor, cantor, professor de música e, sobretudo um hábil produtor cultural, ramo de atividade pouco exercido em nossa cidade. Lúcido e esperto, munido de bom jogo de cintura e, afeito aos artifícios dos bons relacionamentos e da espontânea comunicabilidade, conseguiu (o que para os neófitos seria um passe de mágica) transpor as dificuldades e congregar, no mesmo afã, levar ao público o que há de melhor, convencendo e cooptando empresários e artistas de maneira plausível e brilhante - para o bem geral da nação divinopolitana. Que sua estrela continue a brilhar, inspirando o nascimento de outras estrelas, aqui e alhures. 

II – RECREAÇÃO. a) Conheço um lugar onde a Natureza é respeitada, amada e enaltecida. É o PIMONTE Parque Hotel, no município de São Francisco de Paula, Oeste de Minas. Nele a chuva tempestuosa tem seu vazamento controlado de tal maneira que não deixa rastro nem estrago. E a seca inclemente é neutralizada pelo aguamento dos reservatórios. E a paisagem é linda, saudável, maravilhosa. O verde colorido de flores e de outros encantos abarca toda a nossa visão, despetalando não só as flores de muitos matizes, como a passarada cantante e os bons fluidos disseminados. b) Quando nossos filhos estavam na infância, fizemos (eu e a esposa) o possível para dar um sentido feliz na vida deles. Tínhamos nossos vínculos empregatícios, mas conseguíamos bipartir o gozo das férias em janeiro e julho, coincidindo com as férias escolares deles. Assim podíamos alternar a recreação, indo às regiões minerais (Cambuquira, Lambari, Caxambu, São Lourenço, Poços de Caldas, Pocinhos de Água Verde) e Araxá.; às regiões históricas de São João Del Rei, Tiradentes, Prados, Congonhas de Campos, Ouro Preto, Mariana, Caraça, Santa Bárbara, Itapecerica, Pitangui – e também às áreas litorâneas das belas praias de Guarapari, Búzios, Cabo Frio, Porto Seguro, Angra dos Reis e Parati. Creio que assim os filhos conseguiram uma iniciação (e nós, adultos, uma inspiração) aos belos e verdadeiros valores da ecologia, da estética e da história, além do culto da saúde e da beleza. Não foi em vão, creio.