MEUS 15 LIVROS INÉDITOS
Primeiras linhas de cada um deles.
1 – Monólogo e Pranto – romance, 349 páginas.
“Depois de certas horas da noite papai cantava no escuro do quarto o seu carinho. Depois a claridade macia adornava o sono: assim eu dormia sem ver, até o sol raiar. Mas ele era ele e mais ninguém: virava e mexia e lá estava a debulhar canções. Ternura de mais, juízo de menos?”
2 – Por Que Choras, Saxofone? romance, 249 páginas.
“Minha mãe alta na plataforma da estação, sem saber se chorava, se sorria. O bafafá a transitar os embargos, os lapsos não vincavam a pele esticada: apagavam as palavras em vez de riscá-las.”
3 – Barra Funda – a Evaporação dos Paradigmas - romance, 307 páginas.
“Meu pai
senhorial aos trancos e barrancos, a extorquir
reverências, os bigodes grisalhos nas horas
da tarde, a calça de brim, o paletó de casemira:
no alpendre, maludo, ladino, caladão...”.
4 – Apenas Um Coração Solitário - romance 192 páginas.
“A cerveja não espumava. O Odilon estava indócil. O homem é um matador de animais, um matador de árvores, um que mata a dor..., oh, o mundo, depois de virar um hospital passa a ser um cemitério”.
5 – Cantagalo - Bacia das Almas – romance, 174 páginas.
“O que o senhor leva aí no balaio?
- Queijos, minha senhora, queijos fresquinhos, da roça!
A mulher faz a careta de repugnância, reanima os passos interrompidos na praça quase toda forrada de vegetação rasteira.”
6 – O Dia do Casamento - romance, 186 páginas.
“A furreca fantasma atravessa os campos secos da Vargem Grande, nas noites escuras e incertas dos dez anos posteriores ao desaparecimento da dupla dos mancomunados Sidônio e Balamão....”
7 – Roda-Pião - Romance, 340 páginas.
"Serra Negra do verde mais antigo, dos mares remotos, dos alimentos orgânicos. As matas nativas do século dezoito estendiam-se de um lado até a Lagoa Dourada, do outro até a Penha do Norte."
8 – Os Contos do Apocalipse Clube - contos, 205 páginas.
“Quem está levando o mundo para o buraco negro?, pergunta Batatais, inveterado bebedor de cerveja, na varanda descoberta da piscina olímpica do Automóvel Clube. Ninguém presta atenção nas palavras e nos pensamentos. Todos só têm bocas para comer e beber e olhar para ver e comer a semi-nudez das mulheres na orla branca da piscina esverdeada.”
9 – Dois Patinhos na Lagoa - contos, 186 páginas.
“Procure fazer o bem através do corpo, como ensina a Carta aos Coríntios, - assim pensava o cego Nadico, no banco do alpendre contíguo à venda do Toniquinho, na tarde domingueira do Arraial.”
10 – A Janela dos Anos - Poesia, 94 páginas.
“Como os velhos senhores dos arraiais mineiros
que não comem nada amanhecido,
que pedem água à mulher na janela da casa
não pela sede da água
mas pela fome da mulher
Ele reassume a juventude,ainda que tardia
possuído de nova força e altiva lucidez.”
11 – A Cabeça de Ouro do Profeta - contos, 174 páginas (para uma segunda edição revista).
“Quarto exíguo de uma grande e velha casa,avara de moradores. Uma janela de madeira aos pés da cama, e outra na parede paralela, a primeira abrindo-se para o quintal nascente e a outra fechando o jardim poente”.
12 – Peças teatrais, a saber: 1 – O Fogo Corredor, 65 páginas; 2 – Panis Angelicus, 58 páginas; 3 – Na Fila da Vida, 69 páginas;4 - Quem Viu O Ninho da Égua? , 51 páginas;
5 – Quem Matou o Filho da Onça?, 30 páginas.
13 – Os Horizontes do Itambé – (137 páginas)
Pesquisa sobre a cultura popular de Minas Gerais.
14 – A Terra do Divino - crônicas, 235 páginas.
15 – Grãos de Pólen - (Ditirambos) – em preparo.
16 – Os Numes Tutelares, os Mestres de Outrora – ensaios, em preparo.
NOTA AO PÉ DA PÁGINA:
Com o esfriamento das CPI’s e a conseqüente desmoralização dos poderes executivo, legislativo e judiciário, só nos resta torcer para o esquentamento da moralidade pública no Brasil através do levantamento lúcido e ativo dos outros poderes: a imprensa não-oficial (quarto poder) e o povo politizado e lúcido (quinto poder}. Caso isso não aconteça, o pior virá, ou seja,a degradação até o nivelamento por baixo com as republiquetas latino-americanas, mexicanizadas.