ELEIÇÕES E REJEIÇÕES
I - Delírios Momentâneos. O que se há de fazer quando a corrupção é aceita pelos não-corruptos? Salve-se quem puder? O dinheiro compra a virtude? Um fungo fustiga até mesmo o altar de Eros? Agora que a formiga tem catarro, a salamandra tem tutano? A pirâmide vira poesia? O sacana espera a morte antes de viver? Sabe esquadrinhar a fantasia e rir da lógica? Vamos aplicar um eletro-choque no ego do narciso? A ponte vai ruir sob o peso da tarde? Vai nascer cabelo no vidro da garrafa? As palavras viajam pelas ilhas e continentes nas pupilas dos poetas alvejados, na respiração das mulheres assinaladas. Era só o que faltava! De erro em erro o pensamento acerta uma vez ou outra? Ainda agora um deles dependura máscaras letais nos galhos das árvores vívidas? Uma delas corre mais, chega na frente anunciando os sacrifícios na pira de incenso da falida boa vontade dos homens cooptados.... 2 – Raciocínios Momentâneos. O que a dilapidada população brasileira espera e merece da nova gestão de um governo federal democrático: - Que os eleitores vitoriosos sejam apenas eleitores vitoriosos e não sequiosos militantes fisiológicos. - Que prevaleça o sonho de Stanislau Ponte Preta de restaurar a moralidade antes que todos se locupletem, exaurindo as fontes benéficas da nação. - Que se cumpra a sugestão de Mário Sérgio Duarte, Comandante da Polícia Militar do Rio de Janeiro, segundo a qual o governo federal precisa desempenhar melhormente “a função vital que é sua e certamente demanda mais empenho: o controle das fronteiras. É por ali que chegam os fusis e as drogas que alimentam não só os morros cariocas como centenas de outras favelas no Brasil inteiro”. - Que se não conseguir a condenação legal das propaladas figuras hediondas do enriquecimento ilícito, que pelo menos esses meliantes fiquem interditados a novos acessos ao erário público, cuja propriedade é dos contribuintes e não dos apaniguados. - Que os três poderes da nação (executivo, legislativo, judiciário) exerçam as respectivas autonomias legais – e não fiquem cumprindo ordens de um mandatário que às vezes não passa de um tirano boçal e plantonista. 3 – Eleições e Rejeições. O novo escândalo da Casa Civil vem confirmar a certeza da inabilidade, sentida e confirmada exaustivamente, do atual governo para dirigir salutarmente a vida política nacional. As moléstias do fisiologismo e da corrupção ao longo de injustificada e cretina euforia afastam qualquer expectativa otimista quanto ao acerto das abusivaso e planejadas prorrogações de mandados nas releições de outubro e dos outros pleitos vindouros. O número dos escândalos se perdem na memória do eleitorado ingênuo – mas sujam e empobrecem a própria História do País. No caso da perpetuação no poder da militância de um socialismo desmascarado em tantos países, pode-se afirmar que surdo é quem não quer ouvir, e cego é quem não quer ver. Chega de tantas figuras hediondas no primeiro plano das ações, atritando as pessoas de uma sociedade boquiaberta. Chega! Que história a atual política brasileira está escrevendo? Segundo Drayson “a história é o estudo da maneira como a humanidade se torna o que é e fica consciente de si mesma”. A nossa continua sendo uma História mal contada?