Milan Kundera:
“No mundo do eterno retorno, cada gesto carrega o peso de uma insustentável leveza. Para Nietzsche a idéia do eterno retorno é o mais pesado dos fardos. Se assim é, nossas vidas,sobre esse pano de fundo, podem aparecer em toda a sua explêndida leveza” Em “A Insustentável Leveza do Ser”, pag. 11, trad. deTereza B. Carvalho da Fonseca, Edit. Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1983.
Gentil Ursino do Vale:
“Uma das mais belas e edificantes tradições do cristianismo infelizmente está desaparecendo. Refiro-me aos presépios. Tinham eles o condão de impregnar de santa poesia as festividades do Natal, além de despertar, principalmente nas crianças, aquela devoção, aquele amor ao Menino Jesus”. Em “Escavações no Tempo” (pag. 104), Editora Artes Gráficas Santo Antônio, Divinópolis, MG, 1985.
Stephen W. Harwking:
“Neste livro dei ênfase especiais às leis que governam a gravidade, porque é ela que configura a micro-estrutura do universo.” (pag. 235). “A teoria geral de Einstein da relatividade, baseando-se em si mesma, preveniu que o espaço-tempo começou com a singularidade do Big Bang e chegará a um fim também com a singularidade, o Big Crunch (se todo o universo entrará novamente em colapso) ou numa singularidade dentro de um buraco negro (se uma região local, como uma estrela, entrar em colapso” (pag. 163). Em “Uma Breve História do Big Bang aos Buracos Negros”, trad. De Maria Helena Torres, Ed. Rocco, Rio de Janeiro, 1988.
Evangelho de São João, cap. XII, vers. 24 e 25: “Em verdade vos digo que, se o grão de trigo que cai na terra nõ morrer, fica infecundo: mas se morrer, produz muito fruto”. Em epígrafe do romance “Os Irmãos Karamázovi”, de Dostoievski, trad. De Eurico Corvisséri, edt. Nova Cultural, Rio de Janeiro, 1995.
Rainer Maria Rilke:
“Se a maternidade é a religião da mulher e a criação a do artista, o homem que no seja artista deve ter uma religião (...). A religião é a arte dos que nada criam” (pag. 17). Oh dizer que as próprias coisas nunca pensaram ser no íntimo..., pois não é recôndita astúcia desta terra calada incitar os amantes a sentirem como as coisas se encantam umas às outras?” (PAG. 141) Em “R, M, Rilke – Poemas” - trad. De José Paulo Paes –
Cia. Das Letras, São Paulo, SP, 1996.
Soren Kierkegaard:
“O desespero... essa enfermidade do eu: eternamente morrer, morrer sem todavia morrer, morrer a morte... (...) para que se morresse de desespero como duma doença, o que há de eterno em nós, no eu, deveria poder morrer,como o corpo morre de doença. Ilusão! No desespero, o morrer continuamente se transforma em viver. Quem desespera não pode morrer; assim como um punhal não serve para matar pensamentos, assim também o desespero, verme imortal, fogo inextinguível, não devora a eternidade do eu, que é o seu próprio sustentáculo” (pag. 199). Em “KIERKEGAARD – Os Pensadores”, trad. De Carlos Grifo , Maria José Marinho, Adolfo Casais Monteiro – Ed. Victor Civita – 1984, São Paulo, SP.
Herbert Marcuse:
“O papel predominante da sexualidade tem raízes na própria natureza do aparelho mental, tal como Freud o concebeu: se os processos mentais primários são governados pelo princípio do prazer, então aquele instinto que, ao atuar sob esse princípio, sustenta a própria vida, deve ser o instinto da vida’ (Pag. 42). Em “|Eros e Civilização”, trad. De Álvaro Cabral, Zahar Editores, Rio de Janeiro, 1968.
Shusaku Endo:
“Com as palmas das mãos o homem alisou as cônicas curvaturas de seus seios várias vezes seguidas. Era evidente que ele estava vagarosamente absorvendo em suas mãos a maciez e a elasticidade. Suas palmas vagavam para a frente e para trás entre seus seios e a pequena noite de sombras entre suas pernas...” (pag.212). Em “Escândalo”, trad. De Maria Helena Torres, Edit. Rocco, Rio de Janeiro, 1988.
Hermann Melville:
“Falcões voracíssimos voavam mansos sobre minha cabeça, como se tivessem os bicos embainhado”. (...) William Faulkner define os três personagens do romance: Ismael,
Queequeg e Ahab: representam a trindade da consciência: o não conhecer, o conhecer sem problema e o conhecer problemático. Em “Moby Dick”, trad. De Adalberto Rochsteiner e Monteiro Lobato – Cia. Editora Nacional, São Paulo, SP, 1957.