A SÉTIMA ARTE.
Os filmes, ah os bons filmes dramáticos, cômicos, trágicos: são como os bons livros do mesmo gênero, a brilharem no céu de nosso entendimento. Sei que os livros têm precedência, são mais individuais, mais artesanais, por assim dizer, enquanto que os filmes são mais industriais, dependem de um trabalho afinado coletivamente – e o livro advém, sempre, do esforço individual. Sou um cinéfilo inveterado desde a infância: já vi e em alguns casos revi, dois terços no mínimo dos filmes considerados clássicos (de boa qualidade), relacionados e criticados nos dois monumentais volumes “As Mil e Uma Noites do Cinema” (568 páginas), de Pauline Kael, e “Os Mil e Um Filmes Para Ver Antes de Morrer” (960 páginas), de 66 autores sob a editoria geral de Steven Jay Schineider. Baseado em ambas as relações, vou alugando nas locadoras os que ainda não vi. Hoje mesmo peguei na Delta: “Consciências Mortas”, “Cais de Sombras”, “O Desespero de Veronika Voss”, “A Costela de Adão”, “A Caixa de Pandora”, e “Núpcias de Escândalo”.
Na biblioteca de minha residência reservei duas estantes para os livros dedicados ao amor e à crítica de filmes de todos os gêneros e de todas as partes: são quase duzentos livros, que vão de biografias de astros e estrelas às esmeradas críticas de filmes referenciais da bela história cinematográfica em todo o mundo, principalmente da fantástica produção de Hollywood. E acabo de receber, do Instituto Triangulino de Cultura (de Uberaba) o livro de Guido Bilharinho “O Drama no Cinema dos Estados Unidos” em que ele discorre sobre dezenas de filmes que ficaram na história do cinema, entre os quais só dois ainda não vi (mas que pretendo ver): “Silêncio de Uma Cidade” e
“Só Resta Uma Lágrima”. A bibliografia do Autor (Guido Bilharinho) é riquíssima (quem se interessar, entre em contato com ele através de institutotriangulino@yahoo.com.br ou Caixa Postal 140, cep 38001-970, Uberaba, MG), na qual consta 12 livros versando sobre: o cinema brasileiro, os clássicos do cinema mudo, os filmes de faroeste, os de guerra, os musicais, os de autores, além de dezenas de obras referentes à literatura e às histórias regionais e Contos e Poemas. Uma riqueza editorial. Atraente e satisfatória.
VILÃO OU HERÓI?
A grande pergunta que circula na opinião pública brasileira: o Dr. Protógenes Queiroz é um herói ou um vilão? Todos sabem da ilicitude do ato que cometeu em bisbilhotar através de grampos telefônicos a vida de muitas autoridades do primeiro escalão da vida brasileira, no meio das quais figuram muitos nomes manjados (hediondos?) da vergonheira nacional. Sabemos que o funcionário público, no exercício de suas funções, não pode abdicar da dignidade de sua pessoa para tornar-se um cúmplice das trapalhadas que estão no caminho de seu desempenho funcional. Ao notar algo como a cooptação do certamente ingênuo filho do presidente da república pelo corruptor das altas esferas (pivô da Operação Satiagraha), ele não se conteve e foi até às últimas conseqüências de seu “desvirtuamento” funcional. Não é culpado por toda a podriqueira com que deparou enquanto trabalhava. Creio, pois, que seu “deslize” até mesmo trará resultados positivos para o estabelecimento de uma política administrativa sadia no país, desmascarando os figurões tramadores de infinitos desvios de verbas públicas. E honrando perante a opinião pública nacional o que os líderes que consideram o dinheiro público, como sendo aquele que, na opinião de nosso político exemplar Jovelino Rabelo, “é recolhido no pires dentro da igreja na hora do ofertório”. Algo sagrado – e não o esterco do demônio.
AVANTE RONALDO!
Cruzeirense desde a mais tenra idade, é agora com muita sinceridade que mantenho dentro de mim uma dívida de gratidão com o craque Ronaldo pelas incontidas e repetidas alegrais que ele propiciou-me vestindo as camisas alvi-celestes do Cruzeiro e amarela da Seleção Brasileira – algo mais exuberante do que as epifânicas atuações de Pelé e de Garrincha nas outras inesquecíveis pugnas esportivas. Depois que passou a jogar com três pernas (por assim dizer) em vez de duas, ele manchou sua biografia de uma pessoa de comportamento moral ilibido. Mas essa fase pejorativa afeta a tantos outros jovens que conseguem a fama sem terem ainda a necessária idoneidade para processá-la condignamente. No caso dele, Ronaldo, não pretendo justificar, mas sim perdoar e continuar aplaudindo suas belas (incomparáveis) jogadas dentro de um campo de futebol. Imperdoável seria, no caso, se ele exacerbasse suas jogadas sexuais, o que, afinal de contas, nunca chegou nem mesmo aproximar-se de qualquer uma das cláusulas ditas criminais. Algo que, se ele não fosse famoso como é, ninguém teria tomado conhecimento. Não sou corintiano, mas torço muito pela reabilitação física e moral do nosso melhor jogador de futebol de todos os tempos. Uma outra alegria do povo, como o Garrincha de outros tempos? Sim, creio que sim.
OS RETALHOS DO TECIDO IV - Lázaro Barreto.
A SÉTIMA ARTE.
Os filmes, ah os bons filmes dramáticos, cômicos, trágicos: são como os bons livros do mesmo gênero, a brilharem no céu de nosso entendimento. Sei que os livros têm precedência, são mais individuais, mais artesanais, por assim dizer, enquanto que os filmes são mais industriais, dependem de um trabalho afinado coletivamente – e o livro advém, sempre, do esforço individual. Sou um cinéfilo inveterado desde a infância: já vi e em alguns casos revi, dois terços no mínimo dos filmes considerados clássicos (de boa qualidade), relacionados e criticados nos dois monumentais volumes “As Mil e Uma Noites do Cinema” (568 páginas), de Pauline Kael, e “Os Mil e Um Filmes Para Ver Antes de Morrer” (960 páginas), de 66 autores sob a editoria geral de Steven Jay Schineider. Baseado em ambas as relações, vou alugando nas locadoras os que ainda não vi. Hoje mesmo peguei na Delta: “Consciências Mortas”, “Cais de Sombras”, “O Desespero de Veronika Voss”, “A Costela de Adão”, “A Caixa de Pandora”, e “Núpcias de Escândalo”.
Na biblioteca de minha residência reservei duas estantes para os livros dedicados ao amor e à crítica de filmes de todos os gêneros e de todas as partes: são quase duzentos livros, que vão de biografias de astros e estrelas às esmeradas críticas de filmes referenciais da bela história cinematográfica em todo o mundo, principalmente da fantástica produção de Hollywood. E acabo de receber, do Instituto Triangulino de Cultura (de Uberaba) o livro de Guido Bilharinho “O Drama no Cinema dos Estados Unidos” em que ele discorre sobre dezenas de filmes que ficaram na história do cinema, entre os quais só dois ainda não vi (mas que pretendo ver): “Silêncio de Uma Cidade” e
“Só Resta Uma Lágrima”. A bibliografia do Autor (Guido Bilharinho) é riquíssima (quem se interessar, entre em contato com ele através de institutotriangulino@yahoo.com.br ou Caixa Postal 140, cep 38001-970, Uberaba, MG), na qual consta 12 livros versando sobre: o cinema brasileiro, os clássicos do cinema mudo, os filmes de faroeste, os de guerra, os musicais, os de autores, além de dezenas de obras referentes à literatura e às histórias regionais e Contos e Poemas. Uma riqueza editorial. Atraente e satisfatória.
VILÃO OU HERÓI?
A grande pergunta que circula na opinião pública brasileira: o Dr. Protógenes Queiroz é um herói ou um vilão? Todos sabem da ilicitude do ato que cometeu em bisbilhotar através de grampos telefônicos a vida de muitas autoridades do primeiro escalão da vida brasileira, no meio das quais figuram muitos nomes manjados (hediondos?) da vergonheira nacional. Sabemos que o funcionário público, no exercício de suas funções, não pode abdicar da dignidade de sua pessoa para tornar-se um cúmplice das trapalhadas que estão no caminho de seu desempenho funcional. Ao notar algo como a cooptação do certamente ingênuo filho do presidente da república pelo corruptor das altas esferas (pivô da Operação Satiagraha), ele não se conteve e foi até às últimas conseqüências de seu “desvirtuamento” funcional. Não é culpado por toda a podriqueira com que deparou enquanto trabalhava. Creio, pois, que seu “deslize” até mesmo trará resultados positivos para o estabelecimento de uma política administrativa sadia no país, desmascarando os figurões tramadores de infinitos desvios de verbas públicas. E honrando perante a opinião pública nacional o que os líderes que consideram o dinheiro público, como sendo aquele que, na opinião de nosso político exemplar Jovelino Rabelo, “é recolhido no pires dentro da igreja na hora do ofertório”. Algo sagrado – e não o esterco do demônio.
AVANTE RONALDO!
Cruzeirense desde a mais tenra idade, é agora com muita sinceridade que mantenho dentro de mim uma dívida de gratidão com o craque Ronaldo pelas incontidas e repetidas alegrais que ele propiciou-me vestindo as camisas alvi-celestes do Cruzeiro e amarela da Seleção Brasileira – algo mais exuberante do que as epifânicas atuações de Pelé e de Garrincha nas outras inesquecíveis pugnas esportivas. Depois que passou a jogar com três pernas (por assim dizer) em vez de duas, ele manchou sua biografia de uma pessoa de comportamento moral ilibido. Mas essa fase pejorativa afeta a tantos outros jovens que conseguem a fama sem terem ainda a necessária idoneidade para processá-la condignamente. No caso dele, Ronaldo, não pretendo justificar, mas sim perdoar e continuar aplaudindo suas belas (incomparáveis) jogadas dentro de um campo de futebol. Imperdoável seria, no caso, se ele exacerbasse suas jogadas sexuais, o que, afinal de contas, nunca chegou nem mesmo aproximar-se de qualquer uma das cláusulas ditas criminais. Algo que, se ele não fosse famoso como é, ninguém teria tomado conhecimento. Não sou corintiano, mas torço muito pela reabilitação física e moral do nosso melhor jogador de futebol de todos os tempos. Uma outra alegria do povo, como o Garrincha de outros tempos? Sim, creio que sim.